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sábado, 10 de janeiro de 2009

Guerra em Gaza : uma estória muito mal contada

Há alguns dias que tenho estado para postar algo sobre a triste realidade que actualmente aflige o Médio Oriente com a Guerra na Faixa de Gaza.

Falar sobre tema requer acima de tudo conhecer bem a própria história ( não só a mais antiga como a mais recente) mas isso é algo que admito não estar por dentro de todo o contexto político-estratégico, assim como a maioria de todos aqueles que assistem a este terrível cenário de destruição de vidas.

Digo isto porque, este é um "jogo" onde as verdadeiras razões e vocações para justificar esta guerra parecem-me escondidas daquilo que é a versão oficial por parte de Israel.

No entanto aqui ficam alguns aspectos que deixo à consideração dos leitores:

1º Não será estranho o "timing" escolhido por parte de Israel para iniciar esta ofensiva?

2º A justificação de terminar com o Hamas, parece-vos possível e realista de alcançar?

3º Não é de surpreender, o facto de que, quando se pensava que a personagem George W. Bush tinha terminado o seu "reinado da força bruta" a escassos dias de abandonar o lugar de presidente dos Estados Unidos, ainda consiga sentir-se o seu "odor" e cobertura a mais uma Guerra?

4º Não é irónico, o estado de Israel querer terminar de vez agora com um movimento palestiniano que ajudou a criar? (aonde é que eu já ouvi algo parecido?!)

5º E os números? 3 mortes por parte de Israel contra cerca de 300 palestinianas, no primeiro dia de ofensiva, não parece ser um uso extremamente exagerado de força?

6º Será que o Hamas, é o único movimento extremista radical a preconizar o lançamento de rockets contra o estado de Israel? (Alguém se esqueceu da Jihad Islâmica e do Yezbolah com certeza)

7º Será que o mundo tem conhecimento de que em Israel existe cerca de 1 milhão e 200 mil cidadãos israelitas que têm a sua origem no mundo árabe e são maioritariamente católicos e muçulmanos, que podem ser a génese para um entendimento responsável e duradouro no futuro?

Sobre esta "eterna guerra",que assim mesmo parece quererem transformar (ambas as partes) ,haverá muito para analisar, no entanto um dado parece-me relevante: aquilo ,de facto, a que estamos a chamar de guerra na realidade não é mais do que um dizimar de vidas por parte de um exército altamente sofisticado contra uma população praticamente indefesa, encurralada e vítima não só dos agressores como dos seus pares.

Uma imagem que não vale mais do que mil palavras:

Autoria: AP / Khalil Hamra


Palestinian children react next to the body of 1-month-old baby Ameera Abu Asser, who was killed overnight during an exchange of fire between Israeli troops and Palestinian militants, during her funeral in Gaza City, Wednesday, March 5, 2008. Abu Asser was killed by a ricocheting bullet in the crossfire between Israeli troops and Palestinians in the Gaza Strip overnight, a Palestinian medical official said.
(Fonte: CBSNEWS.com)

3 comentários:

Å®t Øf £övë disse...

Ricardo,
Se há coisa que não entendo são as guerras, e esta em particular é que não entendo mesmo. É incrível como a humanidade desde a sua existência nunca conseguiu um único dia de paz universal. Acho que isto dá muito que pensar.
Abraço.

Ricardo Tomás disse...

Art of Love, muito provavelmente poder-se-á dizer que fazer guerra está no DNA do ser humano. Felizmente que nalguns, esse gene tem vindo a tornar-se recessivo, infelizmente noutros acabou por desenvolver-se e tornar-se imune a qualquer tipo de intervenção (os resultados estão à vista). Parece-me que é o caso, dos dirigentes quer tanto da parte de Israel como dos extremistas palestinianos.

Abraço

José disse...

Há centenas de anos que aquela terra
é regada com sangue. Ainda hoje se matam crianças com bombas para que elas não venham a atirar pedras no futuro.

um abraço