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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Conclusão

Foto: DR


"O princípio do fim da primeira década do século XXI está iminente e parece que, quanto mais “desenvolvida” se torna a humanidade, mais se assemelha com a barbárie que caracterizou, afinal, toda a sua história, desde os seus primórdios." - Helena Oliveira (in http://www.ver.pt)

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma Obra, Um Artista : Radiohead - "High & Dry"

Um clássico dos Radiohead, que apesar de não ser um dos seus temas favoritos ( a história do tema é engraçada) e apesar de ser também considerada uma das suas versões mais...«pop» ( e a bom rigor o é) , constitui-se como um excelente tema!

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Sinais do Tempo: "Circo em São Bento"


Editorial do Jornal "i" assinado por Francisco Camacho, de 5 de Dezembro do corrente:

"Ontem, a democracia fez má figura. Governo e oposição deram um novo vigor à desconfiança que os portugueses sentem pelas instituições.
(e com muita Razão registe-se!)

O primeiro debate quinzenal desta legislatura, que ontem de manhã animou a Assembleia da Republica e fez corar de vergonha os portugueses que assistiram ao espectáculo, serviu para agravar a sensação de vivermos num país encravado entre duas crises: uma crise económica e uma crise de confiança nas instituições. Na agenda de São Bento estavam as políticas económicas mas, apesar da sua pertinência, o tema não ocupou o espaço que era suposto merecer num país normal em dificuldades - ainda que pobre, normal. A discussão sobre os problemas que afectam directamente a vida dos portugueses (desemprego, falência de empresas, impostos) foi engolida pelo despique entre o governo e a oposição por causa do processo Face Oculta e das escutas ao primeiro-ministro, que se exaltou como nos tempos de líder absoluto.

A oposição queria ouvir Sócrates confirmar as suspeitas de "espionagem política" levantadas pelo ministro Vieira da Silva. Não conseguiu. Conseguiu, sim, enervá-lo e conduzi-lo para um discurso entre o tom melodramático e o insulto. Se Sócrates não surpreendeu ao falar em "assassinato de carácter", terá deixado muita gente de queixo caído quando chamou histérico a Paulo Portas e o mandou portar-se "com juizinho". (típica expressão do pré-escolar e do ensino primário)

Sim: ficou a saber-se que o ordenado mínimo vai aumentar 25 euros, que a contribuição social das empresas descerá 1 por cento e que as empresas devedoras ao fisco vão ter o dobro do tempo (de 60 para 120 meses) para regularizar os impostos. Só que o anúncio destas medidas foi ofuscado pelo arraial na casa da democracia. De dedo em riste, o primeiro-ministro exigiu uma oposição mais responsável e a oposição um primeiro-ministro mais transparente. Na verdade, exigiu-lhe o impossível. Desafiou-o a provar que a desconfiança de que é alvo, e que se desdobra em numerosos casos com diferentes graus de importância, corresponde a um somatório de coincidências. PSD, CDS e BE foram todos juntos às canelas de Sócrates com uma ferocidade que dispensou concertação, porque os anticorpos e a desconfiança que o chefe do governo tem gerado não escolhem sensibilidades políticas. No fundo, verificou-se o que o i ontem anunciava: o primeiro-ministro foi apertado por uma oposição que não lhe vai facilitar a vida. A estabilidade política, pelo menos no campo da retórica, não é prioridade de nenhum dos partidos. O clima de agressividade na Assembleia foi a prova de que as emoções falam mais alto do que a razão num momento que exigia frieza. (Enfim, nada do qual já não estejamos habituados)

O que também ficou evidente ontem é que Sócrates continua a pagar pelo seu historial de arrogância. A pose do primeiro- -ministro no Parlamento foi a de um professor autoritário, mas já sem mão nos alunos rebeldes, que acusou de irresponsabilidade, golpes baixos, coscuvilhice e histeria. Pouco importa que tivesse dito que a ideia de Ferreira Leite de divulgar as escutas seja resultado de uma liderança social-democrata desesperada e moribunda. Grave é que, por momentos, o primeiro-ministro tenha personificado a imagem do desespero no duelo com os líderes partidários.

A maior façanha no circo de São Bento (curiosa expressão) consistiu em falar muito de justiça, sem nunca tocar no que interessa (0 que contribui muitíssimo para a pobreza do debate político em Portugal):

as entropias do sistema e a péssima impressão (confirmada ontem por mais uma sondagem) que os portugueses têm dos tribunais e do Ministério Público. Sócrates insistiu no terrível crime de violação do segredo de justiça sempre que o caso das escutas entrou na discussão. Esqueceu- -se de que, neste momento, a ideia de impunidade preocupa muito mais os portugueses. E se Sócrates é um homem inocente, a verdade crua e nua é que a sua presunção de inocência está seriamente comprometida aos olhos dos portugueses. Sócrates não desiste e só a história lhe dará ou não razão. Acontece que histórias assim neste país tardam a ter um fim. E a democracia, como ontem se viu, é que paga." in Jornal "i" de 05/12/2009

Resumindo, pegando a título exemplificativo neste texto de Francisco Camacho, quando se fala em debate político em Portugal e se por mero acaso quisermos compilar um conjunto de palavras e expressões associadas ao mesmo, podemos nessa compilação encontrar:

- Hostilidade;
- Desconfiança;
- Vergonha;
- Exaltação;
- «Espionagem Política»;
- Melodramatismo;
- Insultos;
- «Assassinatos de carácter»;
- Histerismo;
- «portar-se com juizinho»;

- Desrespeito;
- Arraial;
- Circo;
- «Dedo em riste»;
- Ferocidade;
- «Ir às canelas»;
- Anticorpos;
- Arrogância;
- Autoritarismo;
- «alunos rebeldes»;
- Irresponsabilidade;
- Golpes baixos;
- Coscuvelhice;
- Desespero;
- Impunidade;
- Entropia;
- Etc...

Será que deste modo é possível delinear alguma linha de orientação estratégica para o futuro do país com um debate político tão pobre e medíocre do ponto de vista intelectual?


Será a actual classe política a representação do povo que somos? ou será que tem sido o povo português ao longo dos tempos um resultado da classe política e dirigente que desde há muito nos (des)governa (ingenuamente ou não)?

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A frase de reflexão do dia...

" Ninguém tem vontade de discutir o essencial." - Miguel Pacheco, Jornalista
in Jornal "i", edição de 26/11/2009

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Portugueses vão ficar mais pobres" - Martim A. Figueiredo

A merecer destaque e especial atenção, o editorial da edição de 24 do corrente do Jornal "i" da autoria de Martim Avillez Figueiredo.

"Há momentos na vida de um país em que é preciso pôr travões a fundo a quem manda. Para isso, é indispensável que os portugueses se insurjam. Portugal está na banca rota e ninguém parece preocupado. Devia estar. A situação é dramática. Quando Vítor Constâncio vestiu ontem o casaco de assessor do Governo, antecipando mais impostos e avisando cortes nos salários, podia estar a dizer a verdade - mas não está a ser sério. Ou melhor, Constâncio é sério. O que não é sério é o responsável macroeconómico do país não se revoltar contra a política macroeconómica de Portugal.

Crescer impostos é uma afronta aos portugueses (mesmo que pareça inevitável) e ainda mais desconsiderante para cada um dos habitantes deste país é ouvir o Governo dizer que não vai subir impostos - quando o Governador sabe muito bem que Sócrates terá de o fazer. Sucede que o mesmo Governador sabe bem que os portugueses já são os europeus a quem é exigido o maior esforço fiscal (faça Zoom nas páginas 14 a 17), e que esse esforço é entendido quase sempre como dinheiro deitado à rua - uma vez que em cima dele têm ainda de comprar seguros de saúde, pagar propinas de escolas privadas e deixar dinheiro nas portagens da auto-estrada. Pagam, mas começam a não perceber para quê. E quando o esforço privado de cada um serve para financiar os erros de gestão políticos e as trapalhadas financeiras do Estado, então o caldo tem tudo para se entornar. O país está a chegar onde nunca chegou - e não culpem só a crise. A fatia pública que mais cresceu em Portugal (desde 1985) foram os impostos: mais do que a economia, mais do que despesa. É quase ultrajante: a preços acumulados e correntes, os impostos nacionais engordaram 964% entre 1985 e 2008. Pode dizer-se: o país está melhor, vive-se hoje um nível de conforto inimaginável no Portugal dos anos oitenta. Sim, mas se o custo é a banca rota que absurdo de país é este? Seria como se cada um de nós mudasse, em 20 anos, de apartamentos para sumptuosos palácios à beira-mar apenas para descobrir que... abriria falência. Que raio de políticos permitiram que isto acontecesse?

A pergunta que se segue à manchete que o i hoje publica é evidente: se Sócrates não encontra solução para o país, quem encontra? Ou será que não existe? E aqui as respostas são curtas, mas a dois tempos. Primeiro, tudo na vida tem consequências. O facto de parecer que não existe uma solução não desculpa quem a procura. É duro, mas é assim nos mais pequenos detalhes da vida de cada um. Segundo, uma das vias que se discutem hoje na Europa é alimentar a retoma económica com uma poderosa reforma fiscal - pôr tudo em causa. Se Portugal tem 5 grandes centros de receita fiscal (IVA, IRC, IRS, especiais sobre o consumo e ambientais), pode mudar tudo. Há a ideia do imposto natural de dois professores de Yale ou a do imposto corporativo imaginada pelo social-democrata britânico Antony Crosland (releia em www.ionline.pt). E muito mais alternativas. Nenhuma fará milagres, mas é criminoso ver o país à beira da banca-rota e fingir que não se passa nada." - in jornal "i", 24/11/2009

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domingo, 22 de novembro de 2009

"Plano Inclinado"

O nome do programa é "Plano Inclinado", passa na SIC-Notícias aos Sábados (apesar de na passada semana ter sido a um Domingo)por volta das 22Horas, tem a apresentação de Mário Crespo e conta com 3 convidados interessantes: Henrique Medina Carreira, João Duque e Nuno Crato, os quais se debruçam a analisar a actual realidade política, económica e social portuguesa numa perspectiva que visa alertar e consciencializar os cidadãos para aquilo que no fundo é a crua realidade do nosso país.

O programa vai já com 3 episódios, e para a próxima semana o tema que irá estar em especial análise é o panorama da Educação em Portugal.

Definitivamente a não perder!

Como refere Medina Carreira, perante os problemas da nossa Economia:

"Está-se a dar aspirina a um sujeito que tem um cancro no cólon!"

De seguida um pequeno excerto do 2º episódio.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Portugal com bilhete para o Mundial de 2010

De todos os eventuais caminhos que a selecção portuguesa tinha ao seu dispor para conseguir estar presente no próximo Mundial de futebol na África do Sul, "optou" pelo mais longo e tortuoso de todos.


Para já, descompressão é a palavra de ordem do momento para Carlos Queiroz, sendo que, para a História, aquilo que de facto fica de relevante é mais uma presença lusa num dos eventos desportivos de maior projecção mundial.

Aguardemos então por Junho de 2010 para sabermos em concreto que caminho estará destinado à nossa selecção de futebol. No imediato, os objectivos mínimos foram alcançados!

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domingo, 15 de novembro de 2009

Sinais do Tempo: A paranóia ataca em força

Deixo-vos aqui o artigo da autoria de Paul Krugman (Nobel da Economia em 2008) publicado na edição da passada 5ª feira no jornal "i" e que de certa forma mostra como vão as coisas no panorama político americano, mais concretamente nesse partido conservador de nome Republicano.

Afirma Krugman:

" O tom das manifestações contra a reforma Obama do sistema de saúde é sintomático. A direita irracional está a tomar conta do Partido Republicano. E as consequências podem ser tremendas.

A semana passada houve uma manifestação à porta do Capitólio em protesto contra a iminente legislação sobre cuidados de saúde. Os argumentos eram do tipo a que já nos habituámos, incluindo grandes cartazes com corpos empilhados em Dachau e com a legenda "Cuidados de saúde do nacional-socialismo". Foi grotesco - e também premonitório. Porque aquilo a que estamos a assistir é ao começo da californização dos Estados Unidos.

A conclusão mais importante que se deve retirar dessa manifestação é que não foi um acontecimento periférico. Foi patrocinada pela liderança republicana do Senado: com efeito, foi oficialmente rotulada como conferência de imprensa desse partido. Os seus mais eminentes legisladores estiveram presentes e o tom dos protestos não lhes causou o mínimo incómodo.

É certo que Eric Cantor, número dois republicano na Câmara de Representantes, fez algumas críticas suaves depois do acontecimento. Mas apenas "suaves". Os cartazes eram "impróprios", disse o seu porta-voz; as comparações com Hitler feitas por pessoas como Rush Limbaugh, disse Cantor, "evocam imagens que, francamente, não ajudaram nada".

O que isto revela é que o Partido Republicano foi tomado pelas pessoas que costumava explorar.

O estado de espírito patente em recentes manifestações da direita não é uma novidade. Já em 1964, o historiador Richard Hofstadter publicou um ensaio intitulado "The Paranoid Style in American Politics", que parece basear-se nos grandes títulos da actualidade de hoje: os americanos da extrema direita, escrevia ele, sentem que "os EUA lhes foram em grande parte sonegados, a eles e aos seus semelhantes, e estão determinados a tentar recuperá-los e a evitar o derradeiro acto da sua subversão."

Embora o estilo paranóico não seja novo, o seu papel no Partido Republicano é.

Nos tempos em que Hofstadter o escreveu, a direita sentia-se expropriada, por ter sido rejeitada por ambos os grandes partidos. Isso mudou com a chegada de Reagan: os políticos republicanos começaram a ganhar eleições, em parte por cuidarem das paixões da direita enfurecida.

Porém, até há pouco tempo, esse cuidado tem sobretudo assumido contornos de simbolismo oco. Uma vez ganhas as eleições, as questões que incendiavam as bases ficaram quase sempre para trás, suplantadas pelas preocupações económicas das elites. Assim, em 2004, George W. Bush assentou a sua campanha no antiterrorismo e nos "valores".

Mas no ano passado algo inesperado aconteceu. Depois da vitória esmagadora dos democratas, os extremistas deixaram de poder ser engodados com promessas de futura glória. Além disso, a perda simultânea da maioria no Congresso e na Casa Branca deixou um vazio de poder num partido habituado a uma gestão das cúpulas para as bases. Nesta altura do campeonato, Newt Gingrich faz figura de velho estadista reservado e razoável do Partido Republicano.

No partido, o poder real reside de facto em pessoas como Rush Limbaugh, Glenn Beck e Sarah Palin (que, actualmente, é mais uma figura mediática que uma política convencional). Uma vez que estas pessoas não estão interessadas em governar, alimentam o frenesim das bases em vez de tentarem acalmá-las ou canalizar as suas energias. Assim, toda a antiga moderação desapareceu.

A curto prazo, isso pode ajudar os democratas. Ou talvez não: as eleições não são necessariamente ganhas pelo candidato que apresente os argumentos mais racionais; são muitas vezes determinadas pelas circunstâncias e pelas condições económicas.

Efectivamente, é bem possível que o partido de Limbaugh e de Beck consiga ganhos importantes nas eleições intercalares do próximo ano. Os esforços da administração Obama para a criação de emprego falharam e portanto é provável que o desemprego se mantenha desastrosamente alto ao longo do próximo ano e para além dele. O resgate de Wall Street, muito vantajoso para os banqueiros, enfureceu os eleitores e até é possível que cubra os republicanos com o manto do populismo económico. Os conservadores podem não ter ideias melhores, mas os eleitores poderão vir a apoiá-los por pura frustração.

Se os republicanos alcançarem grandes vitórias no próximo ano, o que já aconteceu na Califórnia pode vir a acontecer a nível nacional. Na Califórnia, o Partido Republicano encolheu, tornando-se essencialmente um partido de "restos" sem qualquer interesse em governar - mas esses restos continuam a ser suficientemente substanciais.

Se isso acontecer nos Estados Unidos no seu conjunto, o que não é difícil, o país, em plena catástrofe económica, pode tornar-se de facto ingovernável.

O que está em causa é que a tomada do Partido Republicano pela direita irracional não é assunto para se levar de ânimo leve. Está a acontecer algo sem precedentes - e muito mau para os EUA."


Exclusivo i/The New York Times (13/11/2009)

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sábado, 14 de novembro de 2009

G3- "Little Wing" (Jimi Hendrix)



G3: Joe Satriani; Steve Vai; Yngwie Malmsteen

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Queda do Muro de Berlim - 9 de Novembro de 1989

Foi um momento importante da 2ª metade do Século XX, e simbolizou de certa forma a queda de um regime e de uma visão da sociedade que desde as suas origens sempre esteve condenada à sua respectiva falência.

As divisões criadas dentro da actual Alemanha no passado, mais não foram do que a tentativa desesperada de condicionar o livre pensamento e a própria liberdade individual dos indivíduos em nome e na defesa de um modelo de sociedade utópico; em nome do interesse de alguns; utilizando essa divisão como pura peça de xadrez na geopolítica da época.

A queda do muro, simbolizou também de certa forma a queda das antigas divisões existentes dentro da Europa na época.


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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Claude Lévi-Strauss (1908-2009)




O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, foi um dos grandes intelectuais do século XX, destacado antropólogo e fundador da corrente estruturalista das ciências sociais.

Nascido em Bruxelas em 1908, Lévi-Strauss lançou as bases da antropologia moderna e influenciou gerações de investigadores, deixando também uma marca decisiva na filosofia, sociologia, história e teoria da literatura. (in Visão online)

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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

71º aniversário da mais famosa transmissão radiofónica da História


Faz hoje precisamente 71 anos que Orson Welles levou a cabo aquela que provavelmente será a mais famosa transmissão radiofónica de todos os tempos: a encenação e adaptação da obra de H.G. Wells, "A Guerra dos Mundos".

Ao encenar via Rádio,uma violenta invasão terrestre por parte de seres extraterrestres, Orson Wells mais não fez do que mostrar a força e o impacto que este meio na altura (1938) possuía junto das pessoas, sendo também o grande meio de Mass Comunication daquele tempo. Os resultados foram a mais completa histeria colectiva, o pânico exacerbado e a indução junto das populações do medo e terror.

Este é um perfeito exemplo daquela velha máxima proferida por um dos grandes nomes do estudo do fenómeno comunicacional - Marshall McLuhan - o qual muito sintecticamente afirmava: " O Meio é a Mensagem!"

A escolha da data por parte de Wells também não foi casual por certo. Esta era já na altura uma data famosa nos Estados Unidos, isto porque estávamos perante a celebração (de raíz irlandesa) e que há cerca de alguns anos também passou a povoar o nosso "calendário festivo": o "Halloween"!

Durante esta semana, pude constatar nomeadamente a nível local e regional uma certa histeria nomeadamente junto da comunidade escolar e de alguns pais, com reminiscências "orwellianas". Foi o dito caso da pseudo-existência de um "gang" de jovens delinquentes denominados "Boca de Palhaço" que estariam a perpetuar uma série de ataques violentos junto da comunidade escolar local e regional, onde o fundamento dessa "notícia" estaria na circulação da mesma, hoje já não através da Rádio, mas sim através dos meios de comunicação actuais: Telemóveis (SMS) e Internet (E-mail e Redes Sociais).

A reacção sentiu-se de pronto por parte das autoridades regionais, nomeadamente com comunicados para a população a salientar a inexistência factual de tais situações de violência.

71 anos passaram efectivamente, os meios de comunicação estão em permanente reconfiguração,é um facto, mas o comportamento do Ser Humano perante as capacidades dos próprios e o uso que se quer dar a cada um, esse parece que continua inalterável. A histeria colectiva não é muito difícil de criar, muito pelo contrário.

Muitos são certamente os factores do ponto de vista comportamental e da psique humana que podem explicar isso,muito terá a ver com a própria "natureza humana" por certo, mas pessoalmente foco a atenção neste: a falta de capacidade de análise racional e objectiva para questionar aquilo que nos está a ser transmitido.

Não será à toa, que muitas vezes agimos mais como "ovelhas" de um qualquer rebanho do que como seres providos e dotados de uma capacidade intelectual e racional. Enfim, para muitas pessoas, convém mesmo que seja assim!!

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Documentário - "Fall Of The Republic"

Mais um documentário interessante. Um ângulo de visão deveras diferente daquele que é comum encontrar nos Media sobre a actual realidade política americana e de certa forma também mundial.

Versão integral:

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Uma Obra, Um Artista - "Your Own Personal Jesus" - Depeche Mode

Agora em jeito de destaque, aproveitando a actualidade do tema...



"Your own personal jesus
Someone to hear your prayers
Someone who cares
Your own personal jesus
Someone to hear your prayers
Someone who's there

Feeling unknown
And you're all alone
Flesh and bone
By the telephone
Lift up the receiver
I'll make you a believer

Take second best
Put me to the test
Things on your chest
You need to confess
I will deliver
You know I'm a forgiver

Reach out and touch faith
Reach out and touch faith

Your own personal jesus...

Feeling unknown
And you're all alone
Flesh and bone
By the telephone
Lift up the receiver
I'll make you a believer

I will deliver
You know Im a forgiver

Reach out and touch faith

Your own personal jesus

Reach out and touch faith"

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mário David, Saramago e a Bíblia



Caros leitores,

Gostaria de deixar aqui o e-mail que enviei hoje ao Eurodeputado Mário David sobre a polémica de Saramago e a Bíblia.

"Exmo. Sr. Eurodeputado,

Permita-me fazer uso da minha liberdade de expressão, essa conquista democrática que V/ Exa. tanto despreza.

Venho pedir-lhe, não só em meu nome, mas também em nome de alguns milhões de portugueses que prezam a liberdade, para que evite proferir declarações de índole totalitária como aquela que proferiu hoje.

Queira V/ Exa. saber que no Artigo 37º da Constituição da República Portuguesa refere a liberdade de expressão e informação como um direito dos cidadãos deste país. Pois Saramago apenas fez uso desse direito que lhe é conferido. A opinião do Nobel da Literatura, partilhe-se ou não é legítima. Por outro lado, ao Sr. Eurodeputado é-lhe igualmente reconhecido o direito de discordar de tal declaração. O que já não é legítimo é o Sr. Eurodeputado vir à praça pública apelar para que o grande escritor português renuncie à cidadania portuguesa, como se para ser português fosse necessário ser crente. Para além de ser uma enorme desconsideração para os milhões de portugueses amantes da liberdade, também é uma enorme afronta para quem não é crente ou professa outras religiões. Apesar de uma parte dessas pessoas não ter votado no seu partido, tal como eu, não lhe fica nada bem proferir afirmações infelizes como a que hoje fez.

Sei que fez a sua ardilosa declaração apelando para que Saramago fosse avante com uma intenção que ele já antes demonstrara, mas tal estratagema do Sr. Eurodeputado só demonstrou uma coisa, o seu perfil totalitarista.

Como sou amante da Democracia e do meu país nunca poderia ficar calado, sem lhe demonstrar o meu enorme desagrado e vergonha pelas declarações proferidas por um cidadão português eleito democraticamente.

Espero que faça tanto pelo seu país como Saramago já fez por Portugal.

Saudações democráticas.

Do eleitor,
Helder"

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A "Democracia Instantânea"

Miguel Sousa Tavares escrevia na sua crónica deste fim de semana no semanário Expresso, algumas considerações interessantes sobre aquilo que o próprio considera de "alguns motivos de verdadeiro orgulho pátrio".

De entre vários, os quais poderão os prezados leitores aprofundar aqui, Miguel Sousa Tavares tem uma afirmação curiosa acerca das reminiscências salazaristas que infelizmente ainda caracterizam fortemente muita da forma de certos cidadãos se pronunciarem acerca da mais variada panóplia de assuntos, umas vezes comportando-se como genuínas ovelhas de rebanho, ora outras quais tigres-de-Bengala na defesa selvática das suas "verdades".

Diz então o cronista:

" Salazar está morto, mas o espírito do 'maior português de sempre' continua vivo e passeia-se por aí, na Net e disfarçado de 'democracia instantânea'. Ah o que o querido santacombadense se não teria deliciado com o fabuloso mundo dos blogues e das redes sociais! Os incómodos e trabalhos a que não se teria poupado com um instrumento desses ao dispor!"



Vem isto a propósito daquilo que desde à algum tempo constato na forma como determinados blogues nacionais e locais comportam-se e actuam, naquilo que mais não é do que fomentar uma ideia de pseudo-liberdade de expressão!

Agem de forma maniqueísta no intuito de condicionar a opinião pública nacional e local como forma de alcançar objectivos camuflados e de colocar em prática estratégias concebidas por mentes permanentemente manipuladores com vista a orientar de forma subliminar o pensamento de mentes menos esclarecidas e blindadas (as ovelhas de rebanho) de modo a que progressivamente sirvam-se das mesmas para que à posteriori - fazendo uso e despertando o outro lado mais selvagem da mente - possam legitimar as suas "verdades" os seus "propósitos". Tudo, sem a preocupação de ver debatido de forma elevada e aprofundada os temas propostos.

É no fundo a mediocridade em todo o seu "esplendor"! Aquilo a que alguns apelidam de "prostituição intelectual"!

São várias as técnicas utilizadas, para sustentar toda esta estratégia de "democracia instantânea", a título exemplificativo: a pseudo-moderação de comentários; a vangloriação provinciana por "records" de visitas aos referidos espaços; a pseudo-veracidade colocada em determinados "posts"; a criação de figuras fictícias e imaginárias que mais não fazem do que ocultar a verdadeira identidade destes "super-heróis" dos tempos modernos; enfim todo um conjunto de práticas e técnicas "underground" com o claro objectivo de minar e condicionar de forma perversa a opinião pública.

Para estes espaços virtuais, Maquiavel é a grande referência inspiradora. Isto porque para se atingir determinados fins justificam-se indiscutivelmente determinados meios.

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Do Provincianismo em Portugal

Chegados ao fim de um ano político recheado de momentos eleitorais, gostaria de trazer aqui ao O.Shakers uma característica que muito se fez notar em todos os actos eleitorais aos quais o dito "povo", a "nação" foi chamada a se pronunciar: o Provincianismo!

Se tivesse que caracterizar numa única palavra certas campanhas eleitorais que foram levadas a cabo nestes últimos meses, certos posicionamentos e pensamentos políticos apresentados à população em geral, essa palavra seria certamente - Provincianismo!

O provincianismo, é hoje de facto uma das principais características do pensamento político de muitos cidadãos que têm ao seu cuidado a responsabilidade de gerir as expectativas dos cidadãos que neles confiaram o seu voto nas urnas.

O provincianismo português, é por ventura neste século a grande heritage social que muitos pretendem ver seguida por parte das gerações futuras, sempre na perspectiva que essa herança, essa visão pseudo-moderna, implicará inexoravelmente o futuro da sociedade, o caminho do próprio "desenvolvimento" e "progresso".

Fernando Pessoa, sobre o Provincianismo teceu algumas considerações interessantes que julgo importante trazer aqui à reflexão. Dizia o próprio:

" Se, por um daqueles artifícios cómodos, pelos quais simplificamos a realidade com o fito de a compreender, quisermos resumir num síndroma o mal superior português, diremos que esse mal consiste no provincianismo. O facto é triste, mas não nos é peculiar. De igual doença enfermam muitos outros países, que se consideram civilizantes com orgulho e erro.

O provincianismo consiste em pertencer a uma civilização sem tomar parte no desenvolvimento superior dela — em segui-la pois mimeticamente, com uma subordinação inconsciente e feliz."

Com esta afirmação, Fernando Pessoa diz muito! E o que de modo conciso e muito objectivamente retrata é a condição da qual se alimenta a atitude provinciana: a Inconsciência! A inconsciência de nos julgarmos modernos, a inconsciência de nos sentirmos e julgarmos superiores, a inconsciência enfim de nos sentirmos civilizados e evoluídos quando de facto não o somos.

Uma das características marcantes do provinciano, afirma Fernando Pessoa, é "o entusiasmo e admiração pelos grandes meios" no fundo aquilo que ele julga aparentar ser moderno pelo simples facto de ser simplesmente Grande.

A título exemplificativo deixo a seguinte foto relativa à campanha eleitoral para as autárquicas recentemente finalizadas, relativa à actual força política presente no executivo municipal e também vencedora das últimas eleições no concelho e cidade onde presentemente resido, Loulé!


Fonte: João Martins, «MacLoulé»

"Se há característica que imediatamente distinga o provinciano, é a admiração pelos grandes meios. Um parisiense não admira Paris; gosta de Paris. Como há-de admirar aquilo que é parte dele? Ninguém se admira a si mesmo, salvo um paranóico com o delírio das grandezas."

Fernando Pessoa, in "O Provincianismo Português"

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Gripe A ou a Pandemia do Lucro

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sábado, 5 de setembro de 2009

Fox News o Canal Noticioso Mais Odioso do Mundo

Afinal a TVI não é o canal televisivo mais odioso do mundo, nem a Manuela Moura Guedes a pseudo-jornalista mais repugnante. Existe do outro lado do oceano uma estação conhecida como Fox News com a extremamente tendenciosa, opinativa, fascista e mal-educada Megyn Kelly (embora mais bonita do que a Manuela):

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cartazes de campanha



Talvez porque a maioria deles sejam políticos no activo e com cargos de poder!!

Foto: Abnóxio

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Massive Attack - Teardrop (Live from Abbey Road 2007)

Para descontrair um bocadinho, hoje decidi postar um vídeo musical fabuloso gravado na mítica Abbey Road (England) em 2007 pelos Massive Attack, definitivamente uma das minhas bandas de «culto»!

Enjoy it!!

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Quando os Meninos de Direita estão numa de Rebelde Way



Até aqui aquela bandeira cheira a mofo.

O problema de Portugal e dos portugueses continua a ser o de olharmos constantemente para o passado em vez de olharmos para o futuro. Estou farto deste saudosismo bafiento! Deixem-se de Salazares, de Sá Carneiros e dos Reis, olhem para a frente, pá!!

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Estou preocupado com o Paulinho das Feiras

É verdade! Estou mesmo preocupado com o Paulinho das Feiras. Com tantos beijos, apertos-de-mão e abraços ao Zé Povinho ainda é capaz de apanhar a tão ululada pela comunicação social Gripe A. Não só ele, mas toda a classe política que tem o hábito de sempre que se aproximam eleições (coincidência ou não) de cumprimentarem o povo.

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

A valorização da mediocridade e do individualismo

Na passada semana, lia um artigo no jornal "i" do Nobel da Economia de 2008 - Paul Krugman, sobre a questão da premiação daquilo a que o próprio define como "os maus actores".

Esta é uma questão que está intrinsecamente ligada com o actual estado do sistema financeiro mundial, na medida em que segundo Krugman,"A especulação financeira pode e deve servir propósitos úteis. Mas muito do que se faz em Wall Street não traz qualquer benefício social, e pode mesmo ser destrutivo".

Na frase de Krugman, é fácil identificar dois "eixos" que considero bastante reveladores daquilo em que de facto se transformaram os actuais sistemas financeiros mundiais: sem benefícios sociais e (como se acabou por constatar) destrutivos.

Não quero com isto afirmar que, existem sistemas infalíveis. Claro que não. Aquilo que pretendo focar, e que o próprio Krugman também refere, é simplesmente o facto de que para muitas empresas, independentemente de as mesmas serem óptimas naquilo que fazem (no caso em análise, empresas ligadas ao mundo bolsista), independentemente de as mesmas gerarem lucros gigantescos (mesmo que não tenham qualquer ajuda estatal ou financeira para tal), a sua actividade e o modo como actuam é prejudicial para a sociedade em geral.

Afirma então Krugman:


"A especulação financeira pode servir um propósito útil. É positivo, por exemplo, que os mercados de futuros forneçam um incentivo para armazenar combustível antes de o clima arrefecer e para armazenar gasolina antes da época estival dos passeios de carro.

Mas a especulação baseada em informações que não estão disponíveis ao grande público é um assunto completamente diferente. Como o economista da UCLA Jack Hirshleifer demonstrou em 1971, essa especulação combina frequentemente "lucro privado" com "inutilidade social".


Ora, a ânsia pelo lucro a qualquer preço tem conduzido a que cada vez mais, falar de "lucro privado" é sinónimo de falar-se de "inutilidade social", o que é mau. Isto porque, propicia discursos que encaram o lucro privado como algo nefasto, hediondo e não mais do que o resultado de uma prática corrente de exploração do mais fraco.

Sabemos que em muitos casos -infelizmente - essa é uma realidade inerente à conduta empresarial de muitas empresas. Contudo, na minha modesta opinião, o cerne destas visões mais extremadas do mundo da economia e das finanças, reside mais na situação criada pelos ditos "maus actores", os quais canalizaram exclusivamente para si todo os grandes lucros, sem a mais pequena objecção ética e moral face ao meio social em que os próprios estão inseridos criando desse modo, um profundo e nefasto desiquilíbrio social (tomemos como exemplo, aquilo que se passa actualmente com as ditas «classes sociais»). Ainda por cima, com um dado agravante: a premiação dos que nos empobrecem.

Pegando uma vez mais nas palavras de Krugman, para terminar,
"nem a administração nem o nosso sistema político em geral estão prontos a enfrentar o facto de que nos tornámos uma sociedade em que os grandes lucros vão para os maus actores, que premeiam principescamente aqueles que nos empobrecem."

Quantos Madoff's, andarão por aí?

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Obrigado Raúl, Muito Obrigado!

Raúl Solnado
1929 - 2009


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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A nova Política: o direito à palavra

Francisco Rui Cádima, grande figura do universo académico no que concerne à análise dos Media e respectivas plataformas comunicacionais, escreveu hoje no jornal "DN" um artigo que julgo interessante para se meditar, nomeadamente na questão sobre aquilo que o próprio considera como o verdadeiro exercício da política, o verdadeiro exercício da cidadania: o direito à palavra!

"É curioso que num mundo em que a política deveria ser cada vez mais aberta, partilhada e participada, tem a paradoxal tendência de tornar-se no seu contrário. Isto é, os aparelhos partidários fecham-se sobre si próprios, os líderes políticos parecem agir como reféns de grupos restritos de apaniguados e a experiência democrática, em geral, tenta sobreviver ao autismo desta velha política.

O sinal que este desempenho político dá aos cidadãos é francamente débil e reforça a convicção dos que crêem que a democracia representativa entrou em lento processo de autoliquidação. Os media, aliás, já tinham dado um primeiro sinal dessa obsolescência, sobretudo através dos usos que os protagonistas do sistema partidário fazem da televisão: à crise de legitimação do político, o sistema político-partidário responde com o reforço, por vezes panfletário, da presença na televisão.

Mas na era dos novos media, a tentativa de relegitimação pela televisão é também algo já em crise. Obama percebeu-o claramente. Entender as redes sociais, afinal, não é mais do que entender os cidadãos. E o exercício da política terá de ser o exercício da cidadania e da absoluta transparência. Quando o não é - e não o é vezes a mais - vem como alternativa aquilo a que se chama hoje os "media participativos" - das redes sociais ao microblogging. Onde qualquer voz pode ter, no imediato, não o direito (à velha) política, mas o direito à palavra. Que é o direito a uma nova política."

Francisco Rui Cádima -professor da Universidade Nova de Lisboa - in Diário de Notícias de 06/08/2009

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Religião e Homofobia

«A proposta da Comissão Europeia para a reformulação de uma directiva sobre o tratamento igualitário tem estado a provocar alguma apreensão nos cristãos, que consideram que esta directiva irá pôr em risco a sua liberdade de expressão.

A directiva procura acrescentar, à já existente lei anti-discriminação, o tratamento igual (no que diz respeito à idade, orientação sexual, religião ou crença ou incapacidade) nas áreas de protecção social, como por exemplo a segurança social e cuidados médicos; e ao acesso e fornecimento de bens e serviços disponíveis ao público em geral, incluindo alojamento e transporte. Isto aplica-se tanto a serviços públicos e privados. A directiva inclui ainda nos parâmetros da discriminação, o assédio ou hostilização com base nestes pressupostos.

De acordo com a Comissão para a Igualdade dos Direitos Humanos no Reino Unido, a directiva (ainda em consulta formal) pretende assim, impedir a discriminação de pessoas a serviços e bens com base, por exemplo, na orientação sexual. Se um casal, ao procurar alojamento no Reino Unido, for impedido da estadia num determinado hotel por ser um casal do mesmo sexo, não existe neste momento qualquer lei que proteja os seus direitos.

Os bispos católicos no Reino Unido em resposta à consulta da directiva afirmaram o seu apoio ao princípio moral que está subjacente. No entanto, mostram-se preocupados com as possíveis consequências que tal directiva irá provocar, nomeadamente, na limitação dos direitos que a Igreja e os seus membros têm de actuar de acordo com as suas crenças.

Um exemplo argumentativo que a Christian Today avança é o facto “das discussões com base na fé ou ética sexual durante o fornecimento de serviços permitir, com esta directiva, que determinados indivíduos possam alegar ofensa e que sirva simultaneamente para silenciar aqueles cujas visões são formadas por doutrinas sagradas. Um cidadão que pretenda informar a ética cívica não deveria ser punido ou perseguido apenas porque é cristão e as suas ideias baseiam-se em verdades cristãs”.

“O bom governo e a integridade cívica repousam na virtude dos seus cidadãos. As ideias cristãs suportam e contribuem para esta virtude e, por isso, deveriam sempre ser permitidas.”»

Se dúvidas existissem, em relação à inclinação perversa e insidiosa da religião para a discriminação, essas dúvidas esfumaram-se com esta notícia.


Fonte: Portal Ateu

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Culpado eu??... É engano com toda a certeza!!



Monólogos de Isaltino (quando a Realidade e a Ficção se confundem entre si)

Culpado??? Nem pensar! Um político da minha categoria, jamais poderá ser culpado de qualquer coisa!

7 anitos de prisão?? Lá estão vocês (pessoal da Justiça) a querer arranjar pobres coitados para «bodes expiatórios»! Eu sou praticamente um «Santo» caramba! Até estou a aguardar uma nomeação pelo Vaticano para a minha Beatificação, derivado ao espírito de sacrifício pelo próximo que tenho revelado ao longo dos anos através da minha carreira política aqui em Oeiras! Será que a Justiça não entende isso?

A Justiça irá prevalecer! Qualquer outro cenário é pura injúria, pura maledicência. Vejam lá que, de 7 acusações somente em 4 fui acusado! Isto é ou não é uma prova de que sou inocente, hã?!

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domingo, 2 de agosto de 2009

O Sistema Partidário, uma influência do Feudalismo


Hoje gostaria de vos presentear com uma excelente comparação entre o sistema partidário e o sistema feudal, retirado do livro "Cultura" de Dietrich Schwanitz.

Se quisermos entender como este sistema funciona do ponto de vista político, temos de dar uma vista de olhos aos partidos actuais. O chefe do partido determina quem vai ocupar os cargos partidários superiores, os lugares cimeiros das listas eleitorais, os postos dos chefes regionais do partido e as chefias dos governos regionais: esses são os duques. Dos seus cargos dependem, por seu lado, redes de cargos, cujos detentores, os condes, magraves, condes imperiais, landgraves, têm, por seu lado, cargos a atribuir. Quem tem a maior probabilidade de alcançar um posto alto, tem o maior séquito. Este apoia-o porque espera obter em troca um rico saque em termos de cargos, isto é, feudos. Só aquele que, devido, à sua capacidade, à sua audácia, ao seu bom nome junto do senhor feudal supremo ou por ser da família da respectiva mulher, tem as maiores perspectivas de poder distribuir muitos cargos, também tem o maior número de vassalos e subvassalos. A ele é que se guarda lealdade.

Esta teia de relações constitui um circuito fechado. Quem tem feudos a conceder, tem vassalos, e quem tem vassalos é o primeiro a ter acesso aos cargos. No entanto, o mesmo circuito fechado também actua ao contrário, quando a fortuna trai o homem do topo. Se cometer demasiados erros, se contrair a peste, se a sorte o abandonar, o seu séquito também o abandona. É precisamente por isso que, na Idade Média, se apela tanto à fidelidade. A concorrência entre os legítimos e os hábeis é constante. Isso faz da Idade Média a época das querelas partidárias. O programa do partido reduz-se invariavelmente ao homem do topo, ao cabecilha de uma teia de influências.

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

1 Ano de Opinion Shakers

Pois é caros amigos e amigas, hoje o Opinion Shakers comemora o seu primeiro aniversário e como tal não poderíamos deixar de partilhar convosco esta simbólica data.

Apesar de ultimamente - no que diz respeito à regularidade de postagens - encontrarmo-nos um pouco menos activos, por várias razões de índole profissional e pessoal de cada um dos O.Shakers( e provavelmente também , alguns efeitos secundários da denominada «Silly Season» que atravessamos), iremos por certo brevemente retomar a dinâmica de postagens que caracterizou e caracteriza o DNA deste mesmo espaço, na medida em que após um ano de existência, congratulamo-nos com os resultados obtidos, dando especial destaque no que diz respeito aos amigos criados, à respectiva divulgação/troca de ideias e consequentes linhas de pensamento!

A todos vós, um enorme Bem Haja e o nosso Obrigado!

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

António Costa Vs. Santana Lopes - O 1º Round














E no final do "1º round" do combate político pela Câmara de Lisboa o vencedor é....a SIC (já que deve ter sido a única a ver crescer audiências durante o mesmo)!

Um comentário político do confronto (apesar de não ser um grande fã do cronista Henrique Raposo do Expresso) que merece ser escutado:

"Ficou muito por debater"

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domingo, 26 de julho de 2009

Se o Homem aterrasse na Lua hoje...

Tive a oportunidade de assistir a este interessante vídeo ainda à pouco no programa da SIC-Notícias, "Eixo do Mal" e decidi colocar como post esta interessante abordagem/montagem, que coloca especial ênfase naquilo que é hoje o mundo da Comunicação Global, o mundo Globalizado!

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Pandemia do Lucro

Gostaria de partilhar com vocês este texto que recebi por e-mail, cuja autoria desconheço.

"Que interesses económicos se movem por detrás da gripe porcina???

No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro.
Os noticiários, disto nada falam!

No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarreia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centimos.
Os noticiários disto nada falam!

Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
Os noticiários disto nada falam!

Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves...os noticiários mundiais inundaram-se de noticias...

Uma epidemia, a mais perigosa de todas...Uma Pandemia! Só se falava da terrífica enfermidade das aves. Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos...25 mortos por ano.

A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.

Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?

Porque atrás desses frangos havia um "galo", um galo de crista grande.A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos. Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população.

Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.

-Antes com os frangos e agora com os porcos.

-Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso...

-E eu pergunto-me: se atrás dos frangos havia um "galo"... ¿ atrás dos porcos... não haverá um "grande porco"?

A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú. O principal accionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque...

Os accionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.

A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.

Não nego as necessárias medidas de precaução que estão a ser tomadas pelos países.

Mas se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação.
Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?



Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres. Essa seria a melhor solução."

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Why?"

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Ainda sobre Alberto João e a proibição do comunismo

Deixo-vos aqui o Editorial do Público do passado domingo, assinado por Nuno Pacheco.

"Correu esta semana alguma tinta, embora não muita, por causa das declarações de Alberto João Jardim sobre uma eventual proibição do comunismo, a par do fascismo, na Constituição portuguesa, numa futura revisão. A Madeira vai discutir dia 22 o projecto que, como já se escreveu, não tera nenhuma novidade face a propostas anteriores mas que agora, por via das declarações públicas do líder madeirense, ganhou alguma projecção mediática. Comedida, como a tinta gasta, porque se presume que Jardim vale o que vale e muito do que diz (não do que faz) acaba por ser irrelevante.
Mas o que disse realmente Alberto João a propósito do tema? Há um registo vídeo (ver videos.publico.clix.pt), onde é possível ouvi-lo a garantir que "não é justo que a democracia "não tem necessidade de proibir qualquer ideologia que seja" (sic). Mas, há sempre um "mas", a Constituição da República "deveria proibir as ideologias totalitárias", ou seja, "os fascismos de direita e os fascismos de esquerda". Isto porque o incomoda que à esquerda haja quem não diga claramente se aceita a democracia representativa e o pluralismo parlamentar (embora na Madeira, disse "eles" façam o jogo da democracia).
O problema de Jardim é, sem coragem para claramente o assumir, o fantasma do comunismo. PCP, Bloco e organiszações congéneres. Se fossem proibidos por lei, ele ficaria aliviado, o que só honraria o PCP e o Bloco por serem, agora numa democracia que se crê e quer consolidada, alvo de novas perseguições e autos-de-fé.

Num livro de 1997 só agora editado em Portugal, o escritor Imre Kertész (não diremos húngaro porque ele não gosta, embora o seja, mas podemos dizer que a sua condição judaica o levou a ser preso pelos nazis em Auschwitz e Buchenwald ainda muito jovem, com 14 anos) escreveu o seguinte: "A estúpida pergunta sobre se vemos diferença entre fascismo e comunismo, podíamos dar esta resposta breve: o comunismo é uma utopia, o fascismo é uma prática - o partido e o poder é quanto os reúne e faz do comunismo uma prática fascista." (Um Outro - Crónica de uma Metamorfose, Ed. Presença, pág.82).
Jardim, que será tudo menos estúpido, sabe com certeza que assim é. Os muitos comunistas que ao longo de décadas lutaram e morreram pela liberdade, sua e dos outros, não o fizeram em nome da opressão social, mas sim de uma utopia de traços igualitários e humanistas. A tragédia funesta que se seguiu deveu-se, em muito, à degenerescência alquímica cruamente retratada por Kertész. Em Portugal, onde os comunistas se integraram de forma satisfatória no jogo democrático, a sugestão de Jardim soa a insulto. Sobretudo vinda de quem, em matéria de democracia, já há muito viu estalarem os vidros que lhe servem de telhado."

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sieg Alberto João

" O presidente do Governo Regional da Madeira quer que a constituição proíba a ideologia comunista, para além da fascista, avança o “Diário de Notícias”.

“A democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de direita – como é o caso do fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional – como igualmente de esquerda, como vem a ser o caso do comunismo, não previsto no texto constitucional”, diz a nova redacção da proposta de revisão constitucional do PSD/Madeira, que irá ser apresentada no próximo dia 22 por Alberto João Jardim e a que o “Diário de Notícias” teve acesso."

Se a porra da nossa "Democracia" realmente funcionasse e se alguém ligasse peta ao texto da Constituição não teríamos a besta totalitária que temos há quase 4 décadas na frente dos destinos da Madeira.

Fonte: Económico

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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Maria Filomena Mónica sobre a Direita



"A direita portuguesa é totalmente subserviente em relação ao poder político, completamente inculta, não cosmopolita, e socialmente a maior parte das pessoas da direita nunca foram para além de Elvas."

"Vivi até aos 31 anos sob uma ditadura, para mim a liberdade é um valor de esquerda."
in Jornal "i" de 7/07/09

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Portugal dos pequeninos... governantes


Deixo-vos aqui mais um texto brilhante de Miguel Sousa Tavares sobre o estado do nosso país (para ler com atenção):

sic

Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos... Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos... - Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km. Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa. - Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim. Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta... - Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade. Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa. - Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada? - Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor. Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez. Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:


- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

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domingo, 5 de julho de 2009

Breve Compilação de Gaffes Políticas



Gaffes na Política Portuguesa - (Via SIC)

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Par de Chifres do Manuel Pinho (ex-Ministro da Economia)

Agora vai pastar para outro lado. Para aí como administrador numa grande empresa pública.

Este é o perfeito exemplo da qualidade da canalha que nos governa.

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terça-feira, 30 de junho de 2009

Pina Bausch (1940-2009)

Foi uma das figuras maiores da dança moderna e contemporânea. Bausch, era essencialmente uma criadora há muito consagrada e uma das maiores coreógrafas mundiais da actualidade.
Uma grande artista que o mundo das artes vê sair de cena! Fica o registo, fica a nossa homenagem!

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O melhor programa de TV do Texas

Vejam aqui 3 interessantes videos em que Matt Dillahunty refuta de uma forma exemplar a moralidade do Deus da Bíblia.





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domingo, 28 de junho de 2009

Grandes Discursos - A miúda que calou o mundo

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sábado, 27 de junho de 2009

O que ninguém quer ver...

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

A versão "laranja" do Thriller

Neste dia em que o falecimento desse grande ícone da Pop, Michael Jackson, invadiu por completo quase todo o espaço mediático, querendo fazer um pouco a ponte para o retorno à realidade política nacional,lembrei-me do "sketcn" dos "Contemporâneos" que faz essa perfeita conjugação de temas tão díspares e de certa forma é mais uma homenagem ao próprio cantor num tom mais descontraído.

De seguida a versão "laranja" do grande sucesso pop mundial "Thriller" (que visão acutilante a deste vídeo).

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Michael Jackson (1958 - 2009)

"O ícone do pop Michael Jackson morreu após sofrer uma paragem cardíaca, confirmou o Instituto Médico Legal de Los Angeles (IML), depois de a informação ter sido divulgada por vários meios de comunicação norte-americanos.

Os socorristas tentaram durante mais de uma hora reanimar Michael Jackson, depois do cantor ter desmaiado em casa, após uma aparente crise cardíaca, afirmou quinta-feira Jermaine Jackson, irmão do cantor e porta-voz oficial da família.

O tenente Fred Corral, porta-voz do IML, disse à CNN que Michael Jackson, 50 anos, foi declarado morto às 14H26 local.

Segundo o porta-voz, será realizada uma autópsia "provavelmente" já esta sexta-feira."

Foi, sem dúvida, uma vida marcada pela polémica. Quer se goste ou não ele era um cantor e um dançarino exímio.






Fonte: Notícias Sapo

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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um cartoon vale mais do que mil palavras - A Lógica Religiosa

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Autárquicas e Legislativas em simultâneo???


Muito se tem especulado sobre o calendário eleitoral do corrente ano, tendo sempre como questão de fundo, a marcação dos actos eleitorais -Legislativas e Autárquicas- para a mesma data! Em princípio, tudo aponta para que no decorrer desta semana o Presidente da República acabe com o mistério das datas, que tanta "água" tem feito correr pela opinião pública e publicada nacional.

Pessoalmente sou, por princípio, contra a simultaneidade de diferentes actos eleitorais em Democracia.
Não tenho a visão e concepção puramente utilitarista, demasiado pragmática e economicista que alguma opinião pública e o Partido Social Democrata tem tido a propósito da defesa da coincidência de datas para as próximas eleições autárquicas e legislativas.

Tal como referia o politólogo Manuel Meirinho Martins na edição do passado Domingo do jornal Público, "A pior coisa que se pode fazer à Democracia é alterar-lhe o percurso natural do mapa eleitoral e mistificar tudo o que é competição , juntando eleições legislativas com câmaras".

De facto, querer juntar estas duas eleições só poderá ser compreendido à luz da tal visão...prática ou utilitária, ou então face a qualquer táctica política pura, resultado do momento em que se vive.

Em Democracia, o momento por excelência, mais representativo do espírito democrata é o acto eleitoral livre. E quanto mais singular, participado e único for esse mesmo acto, maior será o reforço dos alicerces, das bases que fundaram a própria Democracia.

Como tal, argumentos como o da redução da abstenção e o da "contenção" de despesas são simplesmente muito pouco consistentes.
No caso do combate à abstenção, se atentarmos no passado poderemos de imediato concluir que, as diferenças não serão assim tão grandes como se pretende fazer crer.
Quanto à "contenção" de custos, eu diria simplesmente que, a Democracia contém em si mesma custos indissociáveis ou fixos (se preferirmos uma resposta dentro da mesma linha, de cariz económico). E se fosse assim, permitam-me agora um pouco de ironia, se calhar....barato barato seria mesmo não realizar eleições!

Esta semana veremos como acabará este "novo mistério" da política portuguesa!

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domingo, 21 de junho de 2009

Sócrates e o Estranho Caso de Dr. Jeckyll & Mr. Hyde

Muitos falam da recente mudança de personalidade de Sócrates, apontando-lhe duas personalidades distintas. De facto, a história de Sócrates é muito semelhante ao clássico da literatura "O Estranho Caso de Dr. Jeckyll & Mr. Hyde".

Vejamos:

Sócrates, ao estilo de Dr. Jeckyll, queria provar que o bem e o mal existem em todas as pessoas, principalmente nos políticos e que estes últimos têm sempre duas faces. Para o conseguir provar, e depois de muito trabalhar, não no seu laboratório como a personagem Dr. Jeckyll, mas no seu gabinete de "Engenheiro" descobre uma poção.

- "Porreiro Pá!! Descobri!!" - grita ele, cheio de alegria e entusiasmo, na mesma noite em que é eleito primeiro-ministro de Portugal.

Para não colocar a vida de ninguém em risco, ele próprio decide tomar a poção.
O resultado desse acto está à vista, se atentarmos à forma como o "animal feroz" (qual Mr. Hyde) tem actuado nestes últimos 4 anos. Os impostos aumentam, uma grande parte das empresas encerra, o número de desempregados aumenta, algumas classes profissionais são atacadas, os Sindicatos também o são, as urgências e maternidades são fechadas, a Justiça portuguesa torna-se numa anedota, o crime aumenta, a corrupção aumenta, assim como o desespero cada vez mais gritante dos portugueses. Com o país a afundar cada vez mais, Mr. Hyde Sócrates, assim como os seus ministros tem uma atitude prepotente, arrogante e autoritária perante os portugueses, perante os seus opositores partidários e, até mesmo, perante alguns dos seus correligionários mais discordantes com as suas políticas. Enquanto que o país cai a pique o "animal feroz" considera que o segredo para inverter esta tendência é recorrer às obras megalómanas (investimento público chama-lhe ele), construindo um novo aeroporto internacional para Lisboa em Alcochete e trazer para Portugal o TGV.

Felizmente a poção inventada por Sócrates tem um prazo limite e o mesmo chega ao fim, coincidentemente, logo após as eleições europeias. Agora Sócrates olhando para os excessos cometidos pelo seu lado "Mr. Hyde" está arrependido, e com razão. Ora pois!!

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Oh Sócrates não me enganes com as notas dos exames!!

"Começou ontem época de exames nacionais, com teste de Português, considerado por todos muito fácil. Professores dizem que notas vão subir e, com elas, resultados escolares vão-se aproximar das médias europeias. Estratégia que, dizem, tem vindo a ser seguida pelo Ministério. Em ano eleitoral, alunos salientam necessidade de melhorar as estatísticas."

E isto tudo reflecte o que tem sido a política seguida por este Governo, ou seja, governar para os números somente para "inglês ver". Neste caso para o resto dos europeus verem.

As notas escolares "inflacionadas" desta maneira têm praticamente a mesma utilidade que as notas da nossa carteira têm quando a inflação (no sistema monetário) é bastante acentuada, ou seja não servem de grande coisa. Os alunos saem da Escola para o mercado de trabalho e dificilmente encontrarão emprego. Esta inflação serve apenas para enganar os restantes europeus e para enganar os alunos, mas ainda há muita gente que não cai nessa...

Fonte: Exame online

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Ferreira Leite quer autárquicas e legislativas no mesmo dia. Porque será?


A líder do principal partido da oposição, é da opinião de que as eleições autárquicas e legislativas deveriam ser no mesmo dia. Pergunto eu, porque será??? (do Guaraná não será de certeza)

A resposta é simples! Após a clara derrota do PS nas europeias, Manuela viu-se.....«reabilitada», qual Fénix dos tempos modernos. Sabe ela, que se existe um momento ideal para tirar o máximo rendimento dum certo clima «anti-Sócrates e PS» esse seria o momento perfeito ( a sua "Perfect Storm")que a própria quer e gostaria de potenciar. O associar às eleições legislativas as eleições autárquicas, iria constituir-se como um verdadeiro problema para o PS e mais concretamente para a grande generalidade dos autarcas socialistas (uns procurando manter o poder, outros na tentativa de o conquistar)que iriam ser sempre alvo da famosa expressão militar «danos colaterais»!

Como a maioria das autarquias presentemente é «laranja», reforçar essa liderança ainda por cima , agora sonhando com essa hipótese consequentemente menos longínqua, de poder vencer as eleições legislativas, seria aquilo que correntemente se apelida de "janela de oportunidade" para o ouro sobre azul (laranja no caso).

Curioso é verificar que, o antecessor de Manuela F. Leite, tem exactamente a opinião contrária! Vai-se lá então saber porquê!! Interessante também seria constatar a opinião de Pedro Passos Coelho sobre o próprio tema! Quanto a Cavaco Silva, a sua vontade pessoal de certeza que é bem diferente daquela que vai acabar por corroborar!

Triste, triste, é o facto de chegados a cerca de 3 a 4 meses das eleições, ambas as datas ainda não se encontrarem definidas! Enfim, sinais da Democracia que vamos tendo!

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Major Valentim e as buscas

"Uma das residências e empresas do Major Valentim Loureiro, no Porto, estão a ser alvo de buscas por parte de elementos do DIAP.

A notícia é avançada pela Rádio Renascença. Além do DIAP, em casa do ex-presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional estão também agentes da Unidade de Combate à Corrupção, organismo da Polícia Judiciária que tem por missão investigar crimes económicos."

Talvez tenham ido lá só para organizar a papelada do Major. Porque no fundo, no fundo todos sabemos que isto vai dar, mesmo, em nada.

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O Passado Obscuro de alguns Políticos

Quem diria, na altura, que o senhor que diz apreciar muito "bunda" chegaria a Governador da Califórnia!
Depois, se nos centrarmos nos últimos 3 presidentes norte americanos, ficamos com a impressão de que, para se chegar a Presidente dos EUA é condição obrigatória, ter tido experiências com drogas, álcool ou sexo! Quem não assumir pelo menos uma destas três possibilidades, pode já ter como "guaranteed" a ausência de qualquer chance de vir a ser "The President of the United States of America"!
E José Maria Aznar, com o seu "Cachuli's Look", digam lá se não nos remete para o universo daquela grande série portuguesa da década de 80 "Duarte & Companhia"??

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