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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Barack Hussein Obama eleito como 44º Presidente dos EUA

O assunto de hoje, como não poderia deixar de ser, é a eleição do novo Presidente democrata Barack Hussein Obama (é curioso o segundo nome dele). O objectivo deste post não é deter-me em considerações sobre o programa eleitoral e sobre a pessoa de Obama. Gostaria, sim, de reflectir um pouco sobre a importância que as cadeias internacionais de televisão dedicaram às eleições norte-americanas.

No presente momento encontro-me no Canadá. Tenho acesso via satélite à maioria dos canais televisivos da maioria dos países do continente americano (ou nos continentes norte-americano e sul-americano, visto que não há consenso nisto). Nos meus momentos de zapping tenho notado, de há alguns meses até à data, que grande parte do espaço noticioso em todos estes países é dedicado às eleições norte-americanas (penso que em Portugal há-de ser igual, pelo que me é dado a entender através da RTP Internacional). A maioria destes canais televisivos, favoráveis a Obama, optam todas pelo mesmo formato: actualidades da campanha; entrevistas no exterior perguntando às pessoas (vox populi) sobre qual o seu candidato favorito; entrevistas a emigrantes vivendo nos EUA; pequenas considerações sobre o programa eleitoral de cada um dos candidatos; debates sobre a campanha; opiniões dos principais opinion makers sobre as eleições; biografias sobre a vida de um e do outro candidato, etc. Isto não parece nada de novo, porque os formatos noticiosos tanto aqui na América como na Europa são bastante homogéneos (não me pronuncio sobre os restantes continentes porque não sei, mas não deve ser muito diferente).

Outra das características presentes nestes globalizados formatos noticiosos é a de repetirem ad eternum as mesmas notícias (no caso de se revestirem de alguma polémica, catástrofe ou escândalo).

A importância das eleições norte-americanas para o mundo globalizado é tremenda, quer queiramos ou não. São quase tão ou mais importantes como as eleições em cada um dos países deste nosso esbatido ponto azul (aplicando as palavras de Carl Sagan quando se referia ao nosso Planeta Terra). Alguém ouviu falar nas eleições Canadianas por aí? Só talvez os mais atentos devem ter escutado/ visto algo sobre as eleições legislativas que ocorreram aqui no passado dia 14 de Outubro, nas quais foi reeleito o primeiro-ministro conservador Stephen Harper. O mais cómico é que a campanha aqui mal se notou também, tendo sido dado muito mais relevo às presidenciais nos EUA. Mesmo tentando conversar com os canadianos sobre as eleições aqui no Canadá, era impossível prosseguir conversa sem que o assunto não esbarrasse nas eleições norte-americanas.

Vejo, ainda, com bastante cepticismo a tão apregoada "Change" por parte de Obama. Os lobbys nos EUA são muito fortes, principalmente os que dizem respeito ao armamento/ indústria militar, à banca, às grandes multinacionais, entre outros. Fazer melhor trabalho do que Bush vai ser bastante fácil (penso que até a palhaça Tété faria melhor), o que Obama não se livra é da pressão que todo mundo coloca nele, as expectativas são bastante altas. É certo que, de entre os dois principais candidatos, Obama é a melhor escolha, enquanto Mccain constituiria mais do mesmo. E não podemos continuar com o mesmo.

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

McCain novamente no centro da polémica

Quando alguém é "talhado" para algo, tarde ou nunca se livra dessa "talhagem", e é seguindo esta regra americanizada da política que encontrei mais esta "gaffe" ou em português corrente "asneira" do candidato republicano McCain.



A forma depreciativa como McCain se referiu ao seu adversário, durante o debate, utilizando a expressão 'that one' (aquele, em português), voltou a gerar polémica, depois de, na mesma semana, Sarah Palin também ter acusado Obama de «não gostar o suficiente do seu país, ao ponto de se dar com pessoas que já atentaram contra a sua nação». Enquanto uns consideram estes actos racistas e despropositados, outros preferem ignorar e ultrapassar mais esta infelicidade de McCain e da sua vice-presidente.

O mais recente «caso» deu-se durante o segundo debate entre os candidatos, numa altura em que McCain criticava o opositor por ter votado favoravelmente, em 2007, a uma lei sobre energia da administração Bush. «Sabem quem votou favoravelmente? Nem vão acreditar. Foi aquele ['that one', apontando para Obama]. Não eu!» Foi esta a frase que gerou polémica, acusações de racismo e cujo vídeo (nas mais diversas versões) já inundou o You Tube.

Aproveitando a onda de popularidade de Obama que, durante esta semana, passou a liderar as sondagens em estados importantes, Larry King resolveu convidar Michelle Obama para o seu programa, na CNN.

A mulher do candidato democrata mostrou ter a 'lição' bem estudada e conseguiu esquivar-se na perfeição a todas as perguntas, até mesmo àquelas que continham uma ou outra rasteira.

Michelle admitiu estar a gostar muito da experiência e desvalorizou todas estas situações, relembrando que o principal problema, actualmente, é a crise económica. Os americanos «não se preocupam com estas lutas entre candidatos... eles querem respostas reais de como cada candidato vai conseguir salvar a economia e garantir serviços minímos de saúde. O resto faz parte da política», afirmou a candidata ao 'cargo' de primeira-dama dos EUA.

Durante a sua entrevista, Larry King fez questão de passar a pente-fino o outro tema quente da semana, a acusação de que Obama estaria ligado a supostos terroristas, ao que Michelle respondeu que o marido não tem culpa «das actividades em que outra pessoa possa ter estado envolvida quando ele tinha 8 anos».

Michelle acredita que estes 20 meses de campanha serviram para as pessoas conhecerem suficientemente os candidatos. «Conhecem o seu coração, o seu espírito e aquilo que encorajo as pessoas a fazer é a julgar Obama, e os outros candidatos, com base no que eles fazem, nas suas acções, no seu carácter, com o que fazem da vida e não com actividades em que qualquer outra pessoa posssa ter estado envolvida quando eles eram apenas crianças», afirmou.

A mulher do candidato mostrou todo o seu fair-play quando teve de dar a sua opinião sobre Sarah Palin. «Penso que ela é um excelente exemplo dos diferentes tipos de papel que a mulher assume na sociedade», disse à CNN. Sarah Palin faz «publicamente aquilo que qualquer mulher faz no seu círculo privado. Aquilo por que lutamos e queremos assegurar é que qualquer mulher tenha as mesmas oportunidades e opções que Sarah Palin e eu temos», concluiu.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Miss "Sarah Barracuda"

Sarah Palin, conhecida desde os seus tempos de escola como Miss Barracuda, é uma fervorosa opositora do aborto (pro-life), apoiante da pena de morte (já não tanto pro-life) e membro efectivo da National Rifle Association, o poderoso "lobby" das armas nos EUA (afinal não é mesmo pro-life).

A Miss Barracuda é também defensora de um maior aproveitamento das reservas naturais do estado, inclusivamente da exploração petrolífera na Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Árctico (não é pela vida humana, também não poderia ser pelo preservação do ambiente), uma medida que McCain não apoia publicamente mas que tem sido defendida pelas bases republicanas como forma de combater a dependência energética do estrangeiro. A vice Barracuda até acha que o aquecimento global não é de origem humana (ver aqui).

A acrescentar a tudo isto a vice Barracuda é também defensora do ensino do criacionismo nas escolas em detrimento da teoria da Evolução. Pois é!! Beleza a mais, inteligência a menos.

Parece mesmo um George Bush de saias.

Analistas ouvidos pela BBC sublinham que a escolha de Palin reflecte a clara intenção de McCain agradar, por um lado, ao eleitorado mais conservador do Partido Republicano, que o acusa de ser demasiado progressista, e por outro lado, arrecadar votos entre os apoiantes de Hillary Clinton que ficaram desiludidos com a vitória de Obama nas primárias democratas.

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