Banda: Ska-P
sexta-feira, 29 de maio de 2009
domingo, 7 de dezembro de 2008
Diz que é uma espécie de Internet
Há dias que tenho estado com problemas de navegação do que diz respeito ao meu ISP, nomeadamente a Netcabo, o que me tem deixado bastante desiludido não só com o pessoal da referida companhia, mas também com todos os fornecedores de serviço de Internet no nosso país, após alguma análise sobre os mesmos.
Ora bem, a minha situação em particular (e não vou querer perder muito tempo a desenvolve-la) encontra-se profundamente distante daquilo que foi contratualizado com o meu provedor de Internet, encontrando-me presentemente a navegar na web (se é que se pode chamar a isto de navegar) a uma velocidade de 60 kbps, ou seja para abrir uma simples página da web, demoro uma eternidade até que tal aconteça. Após contactos com o serviço de apoio ao cliente (que deixa bastante a desejar) e depois de ter despendido cerca de 20 € em chamadas telefónicas que não resultaram em nada, decidi rescindir contrato com a entidade aqui em questão.
No passado mês de Novembro, era tema de capa da revista ProTeste da DECO, exactamente este assunto, onde após um período de testes realizados com cerca de 12000 clientes , se chegou à conclusão de que, o serviço de Internet em Portugal é CARO e não chega a atingir na maioria 50% das velocidades contratadas, ou seja meus amigos, andamos a comprar "gato por lebre".
Depois desta importante conclusão, convém referir o que diz a lei perante esta matéria. Ora bem, segundo os contratos assinados pela maioria dos clientes (que são autênticos labirintos ) os únicos interesses que estão verdadeiramente protegidos são os dos fornecedores do serviço, mencionando a DECO que a entidade que deveria estar atenta para tal situação ( a ANACOM ) encontra-se a "dormir" sobre o assunto.
Servidores de Internet que nalguns casos encontram-se concebidos - a título exemplificativo - para abranger 100 ou 200 clientes, estão presentemente entupidos com cerca do triplo da sua capacidade.
Em seguida deixo-vos aqui uns links para quem quiser possa testar a sua velocidade de navegação e a compare com aquilo que tem contratualizado com o seu ISP.
www.speedtest.net
www.abeltronica.com
PS: Finalmente hoje lá consegui voltar a postar!
sábado, 1 de novembro de 2008
Humanidade precisará de dois planetas em 2030
Com o actual ritmo de consumo dos recursos naturais do nosso planeta, segundo o relatório Planeta Vivo de há dois anos - responsabilidade da organização WWF, Sociedade Zoológica de Londres e da Global Footprint Network - precisaríamos de um segundo planeta por volta do ano 2050.
Recentemente, re-avaliadas as diversas condicionantes desse estudo, iremos ter essa necessidade 20 anos antes, ou seja, em 2030. Acabamos de hipotecar o futuro dos nossos filhos, que por essa altura estarão a entrar para o mercado de trabalho, com um planeta completamente hipotecado caso não se faça algo muito urgentemente.
Mathis Wackernagel, director-executivo da Global Footprint Network, refere que satisfazer o actual nível de consumo da humanidade será "impossível" causando alterações graves no ecossistema global e ameaçando as bases económicas da actual sociedade global. A dificuldade em produzir recursos básicos irá fazer disparar o preço dos alimentos e da energia, causando uma crise à escala mundial.
Posto isto, virão os críticos pró-sistema dizer: "Nada de preocupante, penso que se está a exagerar neste tipo de previsões! Tudo está controlado, não havendo razões para pânico. O actual modelo económico e de consumo apenas está a atravessar um pequeno mau momento, em breve tudo se normalizará, e o milagre do consumo será a libertação e realização final do ser-humano!"
Se há quem afirme que "o dinheiro cega", neste caso toda a actividade ligada a ele directa ou indirectamente, também padece dos mesmos efeitos sobre os indivíduos.
Os sinais estão aí, quer os queiramos ver ou não!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Mostrando um mundo de Excessos - Chris Jordan
O presente post, é mais uma vez uma excelente produção da TED e tem como tema, o surpreendente mundo dos excessos que quotidianamente circundam-nos e que de um certo modo reflectem quem nós somos (enquanto indivíduos e enquanto sociedade).
Chris Jordan é um artista norte-americano, que direcciona o seu trabalho para a representação imagética do mundo do excesso de dados e informação existente actualmente, fazendo com que desse modo, o nosso olhar e o nosso pensamento se focalize em algo que se encontra camuflado por debaixo da superfície do dia-a-dia.
São apenas cerca de 11 minutos, que recomendo a todos os leitores que nos visitam e que demonstram como em tão pouco tempo, se pode dizer muito mantendo sempre como objectivo final, um verdadeiro "shake" de consciências.
sábado, 11 de outubro de 2008
Manipulação e Consumismo
Crítica à manipulação mediática e ao consumismo frenético, ao controlo do mercado sobre as nossas vidas, as nossas escolhas, os nossos passos, as nossas ideias...
sábado, 27 de setembro de 2008
Planeta Terra - Século XXI
O autor deste texto é João Pereira Coutinho, jornalista. Vale mesmo a pena ler!
"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Mas que raio estamos ensinando às nossas crianças!?
"Um extra-terrestre, recém-chegado à Terra, examinando o que mostramos às crianças na televisão, na rádio, no cinema, nos jornais, nas revistas, na banda-desenhada e em muitos livros, poderia facilmente concluir que estamos determinados a ensiná-los a assassinar e a violar, a incutir-lhes crueldade, superstição, credulidade e consumismo. Continuamos a fazê-lo e, através da repetição constante, muitas delas finalmente aprendem. Que espécie de sociedade poderíamos criar se, em vez disso lhes oferecêssemos ciência e lhes incutíssemos um sentido de esperança?"
Já dizia assim, e muito bem, o saudoso Carl Sagan no seu livro "Um Mundo Infestado de Demónios".
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Jean Baudrillard - A Sociedade de Consumo
Mostra categoricamente como somos compelidos a consumir numa espécies de vertigem imposta pelos meios de comunicação de massa. Chama atenção para a busca pelo que não precisamos realmente consumir mas mesmo assim o fazemos em nome do status de consumidores.
Entre as suas brilhantes conclusões uma chama a atenção: para Baudrillard haveria uma tendência para a sociedade do consumos parar de produzir mitos como as celebridades, os carros Ferrari ou os perfumes Chanel e se tornar ela mesma o próprio mito, ou seja o consumo, o acto em si de consumir seria um mito que nos tomou de assalto e nos fez reféns de nós mesmos.
O autor deixa no ar que atrás dos objetos de consumo existem dois universos que se encontram: o dos consumidores compulsivos e carentes de ofertas e aquele onde se encontram as forças produtivas que incentivam formas de aliciamento engenhosas o suficiente para substituir o real pela realidade que se quer ter, em nome do prazer de consumir e da necessidade de se continuar fazendo-o indefinidamente. Um tema ao qual voltarei noutros posts.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
A Sociedade de Consumo
A expressão simboliza o carácter essencial e omnipresente do consumo nas nossas vidas, que se caracteriza essencialmente pela quantidade e variedade de bens e serviços que o consumidor tem à sua disposição. Neste tipo de sociedade, o consumo tornou-se a finalidade última da vida do ser humano e inverteu-se a lógica da finalidade da actividade económica em que, deixando de se produzir para satisfazer as necessidades, o consumidor passa a estar ao serviço da produção (fileira inversa). Assim, são criadas as técnicas de publicidade e marketing, de forma a escoar a produção, visto que o tempo de vida útil dos produtos é encurtado. A sociedade de consumo fez surgir uma sociedade “do descartável” ou “usa e deita fora”, como todos os custos ambientais que esta atitude acarreta, fomentada pela expansão industrial (associada à produção em massa). Com vista a estimular o consumo, são criadas outras estruturas que levem o consumidor ao consumo, p.e., a expansão do crédito e a criação de linhas de crédito para os mais diversos bens e serviços, adquiridos de forma rápida e cómoda. Logo, consome-se para além do necessário (o supérfluo) e surge o consumismo: consumo indiscriminado, mesmo que prejudique a saúde ou ambiente e podendo levar ao endividamento das famílias, colocando-as em situações de grande dependência e fragilidade.
Aqui fica uma pequena nota introdutória sobre este tema que cada vez mais está na ordem do dia e ao qual me proponho voltar brevemente!