O alarmismo descontrolado da imprensa aponta agora para cerca de 1.025 casos de infectados com a gripe suína, tendo já resultado em 26 mortes. Se fizermos aqui um rácio simples poderemos concluir que a taxa de mortes provocada por esta gripe é de 2,5%, ou seja, é muito baixa. Ou não será? Vejamos o seguinte cenário:
"(...)Com uma taxa de ataque de 25% e uma letalidade de 3%, a mortalidade global rondará os 45 milhões; se a taxa de ataque atingir os 50%, mantendo-se a letalidade nos 3%, ocorrerão cerca de 100 milhões de mortes (cenários possíveis). Com a taxa de letalidade actual do vírus H5N1 (cerca de 50%) o número global de mortes poderá atingir os 1.500 milhões (previsão pessimista?)." in Saúde Pública
Atenção que o vírus referido acima é o vírus H5N1 e não o H1N1, que é o que estamos falando aqui. Igualmente alerto aos caros leitores que a taxa de ataque do vírus da gripe suína ainda não tem nada a ver com a taxa de ataque referida acima (50%), visto que ainda estamos na ordem dos ínfimos 0,0000000171%, ou seja, bem longe daquela taxa.
O Ébola em África tem uma taxa de letalidade na ordem dos 90%, ou seja, 9 em cada 10 pessoas que contraem esta doença morrem. Poderemos constatar que esta taxa é bastante superior à da gripe suína. Porém, não é uma doença tão contagiosa como o vírus da gripe. in Wikipedia
A gripe espanhola (1918-1919) dizimou cerca 40 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo uma taxa de letalidade na ordem dos 6 a 8% (o dobro da gripe suína). in Wikipedia
Se tivermos em conta que o mundo de hoje é bastante diferente do mundo em 1918, visto que a mobilidade das pessoas é muito maior no globo terrestre do que naquela altura. A gripe espanhola espalhou-se mais rapidamente devido a esse mesmo factor da mobilidade, ou seja devido à 1ª Guerra Mundial (que estava mesmo no fim), por haver um maior fluxo de pessoas na Europa de outros pontos do planeta. Mas em contra-ponto poderemos também referir que os cuidados de saúde, os medicamentos e a quantidade de informação existente nos dias de hoje são bastante superiores aos daquela altura.
Se formos buscar um exemplo recente, ou seja, a tão propalada gripe das aves poderemos constatar que a mesma teve uma taxa de mortalidade na ordem dos 60% e nem sequer chegou a ser uma pandemia. in Notícias Sapo
Hoje foi conhecido o primeiro caso da gripe em Portugal, mas felizmente a pessoa já está livre de perigo. in RTP online
Quer-me parecer que o alarmismo é, de facto, exagerado.
O corpo e a mente
Há uma hora
6 comentários:
E quando se sabe que as máscaras e o principal medicamento impingido para essa gripe (que parece que não serva para nada) é da Roche, propriedade dum tal
benemérito da Humanidade chamado Ramsfelt...
Cumprimentos daqui.
Mas em contra partida já nos podemos gabar de ter um caso de gripe em Prtugal, não?!
Se formos todos como tu nah há notícias para abertura dos telejurnais ;)
Viva a gripe, já ninguém fala na crisi
Parece-me que a temática tem sido alvo de uma ocupação do espaço mediático deveras exagerada! Mas, tendo em conta o facto de vivermos numa sociedade onde a hiper-informação aliada a uma lógica sensacionalista que é uma constante, fica-se de imediato a compreender este cenário alarmista.
Se atendermos nas palavras de Obama, a propósito da gripe, rapidamente compreenderemos a diferença entre a importância de se estar alerta e a negatividade de causar falsos alarmismos.
Cumprimentos
o alarmismo é sempre negativo! Não se pode confundir alarme com precaução...
Caro Vieira,
Isto é, simplesmente, o tão propalado "business as usual".
Abraço,
Amigo JP,
Afinal ainda não nos podemos gabar, parece que era gripe de um outro tipo de animal, das aves.
Embora já estejamos todos engripados devido ao vírus da gripe de burro. Diz-se que essa gripe foi propagada pelos contínuos governos PS e PSD.
Abraço,
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