"Oito meses depois do fim do mandato de Nascimento Rodrigues e apesar do seu público descontentamento com a situação, as negociações entre PS e PSD para escolher um novo provedor de Justiça voltaram à estaca zero.
Na sexta-feira, dias depois da carta do provedor ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, onde considerou a situação "insustentável", José Sócrates e Manuela Ferreira Leite voltaram a reunir-se para procurar um consenso, mas nenhum terá recuado um milímetro na intenção de ser cada um deles a indicar o nome. Agora, o dossier voltou para as mãos dos líderes parlamentares, para tentarem encontrar um consenso que, afinal, não depende só deles.
Na sexta-feira, Manuela Ferreira Leite terá explicado a José Sócrates os motivos pelos quais o PSD não aceita a indicação de Freitas do Amaral para o cargo.
Além da actual proximidade do fundador do CDS ao PS, existia a dificuldade em garantir que Freitas do Amaral não seria submetido a um "vexame" eleitoral, já que o voto dos deputados é secreto e tem a oposição dos pequenos partidos e de muitos sociais-democratas.
O PSD também já rejeitou os nomes de António Arnaut, fundador do PS e "pai" do Serviço Nacional de Saúde, e de Rui de Alarcão, antigo reitor da Universidade de Coimbra e entusiasta dos Estados Gerais de António Guterres. Laborinho Lúcio, cujo nome chegou a ser referido como tendo sido indicado pelo PSD, nunca foi referido nas reuniões entre os dois líderes partidários, mas fonte socialista deixa claro que o ex-ministro da Justiça de Cavaco Silva seria recusado nos mesmos termos em que o PSD recusa Freitas do Amaral."
A minha opinião:
É vergonhoso o facto de já terem passado 8 meses depois do fim de mandato de Nascimento Rodrigues e estes partidozecos que têm arruinado Portugal continuarem com este tipo de infantilidades. Quem se lixa com isto tudo, mais uma vez, é o Zé Povinho. Pese embora o facto do Provedor de Justiça ser uma figura com alguma aparente inutilidade, o mesmo não corresponde à verdade. Ver aqui porquê.
Por uma questão de equilíbrio e separação de poderes, o Provedor deveria ser sempre uma personalidade com reconhecido prestígio, idoneidade e competência, que pertencesse a algum partido da oposição. Existem algumas, raríssimas, personalidades com algum grau de isenção, que integram todos os partidos políticos ou que apoiam como independentes.
O que se passa neste triste caso bem real da nossa ainda mais triste classe política é o que se já há muito se denominou de "TACHO". Os cancerosos partidozecos, que têm alternado no poder e têm deixado Portugal doente de morte, querem mandar para a Provedoria de Justiça, e para muitos altos cargos de tantas outras instituições e empresas públicas, os seus Boys. É uma forma de agradecer a fidelidade de certos uomo d'onore do partido. E assim tentar atrair mais prosélitos aos seus partidos dando um vislumbre de um mundo de oportunidades que se abre quando alguém se torna militante.
Fonte: Publico.pt
O corpo e a mente
Há 57 minutos
Um comentário:
Coisas de crianças.
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