Eutanásia em Itália

"Itália. Eluana Englaro, de 38 anos, foi transferida para a clínica onde vai deixar de ser alimentada artificialmente, por ordem dos tribunais, após anos em estado vegetativo persistente. A italiana, que ficou assim devido a um acidente, em 1992, deverá morrer dentro de dias, sob protesto da Igreja"

Sinceramente não compreendo a oposição da Igreja em relação ao aborto e à eutanásia, isto vindo dos maiores inimigos da vida humana soa mesmo estranho! Aliado a estes factos, foram igualmente e quase sempre anti-ciência.

No caso de Eluana Englaro ela vive somente porque está ligada às máquinas. As máquinas que lhe permitem viver só existem devido aos avanços da ciência. Caso a ciência não tivesse evoluído ao ponto de lhe permitir viver assim, embora em estado vegetativo, ela já teria falecido. Vida cerebral, por mais que a ciência avance, ela não a vai poder ter jamais. Infelizmente para ela e para a sua família o mais correcto a fazer será desligar as máquinas, aliviando desta forma o sofrimento de todos.

O Vaticano condenou esta decisão do tribunal italiano alegando apenas que a vida humana é sagrada. Será que viver em estado vegetativo é viver verdadeiramente como um humano? Ela só vive assim, não devido a orações ou devido a qualquer intervenção divína, mas devido ao Homem e ao seu conhecimento (ciência). Não poderá neste caso o homem decidir, também, pelo fim desta forma de vida?


Fonte: DN Online