O semanário "SOL" deste fim-de-semana, a propósito de cinema de autor português , noticiava que o Estado contribuiu com cerca de 1 milhão de euros para a realização de 2 filmes ("Vanitas" e "Querença") que juntos tiveram 571 espectadores. Convém salientar que o record em assistências negativas,continua na posse da obra "Brumas" com cerca de 24 espectadores (famílias pequenas e poucos amigos devem ter os seus criadores) .
As minhas questões são as seguintes:
- Afinal de que serve estar a financiar obras cinematográficas, as quais não são vistas por praticamente ninguém?
-Como justifica o Estado os critérios de financiamento para tais obras?
- De que vale a pena, continuar a apoiar artistas (realizadores no caso) que mais não fazem do que falar para si mesmos, situando-se muitas vezes no domínio do puro narcisismo artístico?
Cá me parece que a questão tão apregoada do dito serviço público, nesta matéria, está a deixar muito a desejar. Aquilo que podemos deduzir é que, em vez de serviço público, aquilo que se verifica nesta situação não é mais do que serviço de compadrio.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
E assim vai o cinema de autor em Portugal
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Um comentário:
Apoiam a realização e esquecem-se da divulgação!
De que vale apoiar a produção de girassois se depois não há apoio à trasnsformação?!
De que vale apoiar um filme se só o pessoal da capital (e mesmo esse limitado) tem acesso?
1milhão?!?!? há curtas universitárias muito melhores, com masi espectadores e mais baratas...
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