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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O clero e os seus problemas de incontinência sexual I

Desde há alguns séculos que a vida sacerdotal (na Igreja Católica) implica castidade. Não são permitidos os casamentos de sacerdotes, porque o Vaticano não gostaria nada de lhes ver fugir a herança de um padreco para as mãos de uma viúva ou de um filho (Rodriguez, Pepe: Mentiras Fundamentais da Igreja Católica; 2001). Devido a intenções puramente materialistas e muito pouco espirituais, como esta, é que se têm cometido ao longo dos séculos crimes carnais que têm passado impunes à Justiça do Homem.

O problema da sexualidade desviante dos sacerdotes da Igreja já é histórico. Sob o pontificado de Leão e dos seus sucessores. no século IX, muitos mosteiros tornaram-se refúgios de homossexuais e conventos viraram bordéis onde bebés indesejados eram mortos e enterrados. O Concílio de Aix-la-Chapelle, reconheceu esse facto.

O Papa João XII chegou a ser acusado de cometer incesto com as suas irmãs, de converter o palácio oficial em serralho ou bordel, de deitar-se com a prostituta do seu pai, etc.

No pontificado de Papa Benedito VI muitas senhoras francesas, inglesas e espanholas que visitavam Roma foram seduzidas ou violentadas e ali permaneceram como cortesãs, indo muitas delas parar ao palácio do Papa para serem suas escravas sexuais. Este Papa foi descrito pelo Papa Silvestre II como um "horrível monstro" e o sínodo de Reims desacreditou-o como "um homem que em criminalidade superou o resto da humanidade".

O Cardeal Cossa mantinha uma residência em Bolonha que, segundo testemunhos, incluía "200 jovens, mulheres casadas e viúvas e muitas freiras".

O Papa Pio II, brincando, costumava chamar o cardeal Pietro Barbo de São Marcos - seu sucessor - de "devota Maria". Barbo, o futuro Paulo II, gostava de ver homens nus serem colocados no cavalete e supliciados. Este Papa era homossexual.

O Papa espanhol Alexandre VI (Rodrigo Bórgia) era conhecido pelas suas depravações sexuais. Era ainda do tempo em que os papas podiam ter filhos (ele reconheceu 3 deles). O casamento clerical já não era permitido porque havia sido proibido 4 séculos antes pelo Papa Gregório VII. Foi conhecido por cometer incesto com a sua filha Lucrécia Bórgia, ter diversas amantes, organizar bacanais papais, etc. (Cawthorne, Nigel - A Vida Sexual dos Papas - 1996)

Têm havido relatos ao longo de toda a História da humanidade de vários órfãos de pai, que são conhecidos por serem os filhos do padre da paróquia. De facto, os nuestros hermanos espanhóis até têm um ditado bastante cómico em relação a esse facto: "Los curas son las unicas personas a quienes todo el mundo llama padre, menos sus hijos, que los llaman tios" - Os padres são as únicas pessoas a quem toda a gente chama pai, menos os seus filhos, que lhes chamam tios - (Burguen, Stephen - A Língua Da Tua Mãe - 1998).

Só no Brasil, 2 mil dos cerca de 7 mil padres que abandonaram a vida sacerdotal para se casarem formaram um movimento nacional dos padres casados, os quais pretendem novamente voltar a celebrar missa, desde que o Vaticano os aceite na sua condição de homens de família. De facto, o casamento de sacerdotes poderá ajudar a mitigar alguns problemas sexuais dos padres, mas não os evitará, tal como a própria da Igreja Católica o demonstra.

Um comentário:

JP disse...

A Igreja é dos Homens e não de Deus! Deus disse: "Vai e procria", se os padres não o fazem são pecadores!