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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cão raivoso Palin

O texto abaixo exposto é da autoria de Matt Taibbi, colaborador da revista Rolling Stone, e publicado no site alternet.org. Para quem estiver interessado em ler o texto na íntegra (em inglês) pode clicar aqui.

Matt chega a ser extremamente mordaz (mas certeiro) no ataque que faz à conservadora, beata fundamentalista e burra Sarah Palin, tal como poderão constatar já de seguida.

Não vou estar com mais delongas, o melhor é lerem este interessante texto.

“Sarah Palin é o símbolo de tudo o que está mal com os Estados Unidos modernos. Como representante do nosso sistema político, ela é uma nova geração de répteis maléficos, a última obra-prima cínica de manipuladores como Karl Rove. Mas mais do que isso, ela é um símbolo horrível de o quão pouco exigimos em troca de uma rendição de poder político. Não é apenas que Palin seja uma fraude, ela é uma reles fraude, 20 degraus abaixo do menor denominador comum, uma personagem burra demais até para os programas de televisão da tarde [o autor aqui refere-se aos shows como Oprah, Ellen, The View] – e no entanto este país irá “come-la por inteiro”, aplaudindo cada passo que ela der. Isto porque a maior parte dos Americanos já não consegue reunir energia para mais nada do que seja estar sentado e deixar-se ser masturbado pelos manipuladores calculistas que governam o “paraíso do consumo” que se tornou esta nação.

(…)

Sarah Palin tornou-se um produto de marketing tão bem aceite que o facto de ela ter uma filha solteira com uma criança no útero até nem teve importância nenhuma. Claro que, se uma das filhas de Obama aparecesse na Convenção Democrata com um alto de 5 meses na barriga, os defensores da “moralidade tradicional” estariam aos gritos. Igualmente varrido para baixo do tapete é o facto de Palin estar envolvida num caso de abuso de poder devido ao despedimento de um chefe de polícia depois deste ter-se recusado a despedir o ex-marido da irmã de Palin, ou quando Palin, já Presidente da Câmara de Wasila (Alasca) tentou despedir a bibliotecária da cidade, Mary Ellen Emmons, depois desta última ter resistido à pressão por parte de Palin de ter certos livros censurados.

E depois há todo a “bagagem de deus”: Palin pertence a uma igreja onde o pastor, Ed Kalnins acredita que qualquer critica a Bush “vem do inferno”, afirmou que quem votasse em Kerry nas eleições de 2004 “não seria salvo”, que o Alasca será o “sítio de refugio” para os Cristãos nos “últimos dias”. Palin ela mesmo está em imagens onde reproduz as usais idiotices dos “born again” [alusão aos que "renascem para Cristo"], como a ideia que um oleoduto recente no Alasca tinha sido “vontade de Deus” e descrevendo a guerra do Iraque como “tarefa em serviço de Deus”. Igualmente Palin apoia o ensino de criacionismo nas escolas, é contra o aborto mesmo em caso de vítimas de violação, rejeita a ciência por detrás da evidência do aumento da temperatura global e é congregante de uma igreja que tenta converter judeus e “curar” homossexuais.

(…)

Isto é o que Sarah Palin representa: ser-se um porco gordo e nojento, que coloca um autocolante que diz “Country first” nas suas mamas de homem e que grita “USA, USA” no limite dos seus pulmões, enquanto os filhos vivem de cartões de crédito e os Árabes compram as quintas hipotecadas do Kansas.

O que é verdadeiramente revoltante sobre Sarah Palin não é que ela seja totalmente não qualificado, ou que seja uma extremista religiosa, ou que seja incapaz de educar a sua filha sobre sexo, ou que seja uma falsa conservadora que aumenta impostos ou que se apropria de dinheiro federal cada vez que pode. Não, a coisa mais revoltante é isto: ela faz com que o povo Americano pense que apesar de terem sido sodomizados durante uns sólidos 8 anos, querem mais do mesmo durante os próximos 8, e isto em troca de ter Sarah Palin como um motivo de fantasias pornográficas durante as próximas semanas antes das eleições.”

O texto acima foi traduzido por Ricardo Silvestre do Portal Ateu.

Um comentário:

Ricardo Tomás disse...

Pois amigo Hélder, é a Ascensão da Insignificância da qual Castoriadis fala, no seu melhor!
Abraço