O público compra opiniões do mesmo modo que compra a carne ou o leite, partindo do princípio de que custa menos fazer isso do que manter uma vaca. É verdade, mas é mais provável que o leite seja aguado. > Samuel Butler
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Os portugueses estão descontentes com a qualidade da democracia e desinteressados da política, constata o Inquérito Social Europeu, na edição de 2006, que hoje é apresentado em Lisboa.
O ESS (na sigla em inglês), desenvolvido em 23 países europeus, comunitários e fora da União Europeia, indica que só os russos, húngaros, ucranianos e búlgaros estão mais descontentes que os portugueses com o funcionamento da democracia e politicamente mais desinteressados. No extremo oposto encontram-se a Dinamarca, a Suíça e a Finlândia.
Estes resultados são semelhantes aos alcançados em edições anteriores do inquérito que é desenvolvido desde 2001 e mereceu em 2005 o prémio Descartes para a Investigação.
"É interessante constatar que a participação cívica e política está fortemente associada com todas as dimensões do bem-estar: os indivíduos com maiores índices de confiança interpessoal, interesse político, envolvimento comunitário e participação em actividades políticas e mais satisfeitos com a qualidade da democracia são também os que expressam maior bem-estar social, subjectivo e psicológico", referem os autores do estudo.
Em Portugal, a realização do inquérito é assegurada por um consórcio constituído pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
Já Gaius Julius Caesar (100-44 AC) se referia à nossa incapacidade governativa nos seguintes modos: "Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar..."
Em 1867 Eça de Queiroz, mais detalhadamente, referiu-se aos nossos políticos na seguinte forma:
"ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política do acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"
Se há migrações para, praticamente, todo o tipo de profissionais, porque é que não há migração de políticos? Talvez os nossos políticos (a maioria deles) só arranjassem trabalho em África.
Eu votaria, talvez, num político norueguês ou sueco. Mas isto sou eu.
Tendo em conta o nosso compromisso histórico com a "baixa política", não será após as próximas legislativas que as coisas irão mudar por cá. Quando chega a altura das campanhas em que o povo se desloca como um rebanho para os comícios dos seus "partidozecos" (principalmente dos que têm feito parte dos governos em Portugal) agitando bandeiras e ululando palavras de ordem, é quase como se dissessem aos seus políticos/ pastores: "Eu quero ser lixado por vocês e não pelos outros". Esta esperança atávica por um novo D. Sebastião que vá salvar Portugal já começa a ser ridícula.
Se tivermos a noção de que cada um de nós poderá ser uma peça fundamental para um Portugal melhor.
Se tivermos um papel mais activo na intervenção política não partidária; seja através de associações ou comissões; seja através de artigos escritos em blogs, jornais ou revistas; seja através de cartas escritas aos nossos governantes; seja através de manifestações ou qualquer outro tipo de iniciativas; aí podem ter a certeza de que os nossos políticos irão mudar de atitude. Isto é o que já acontece, mas em pequena escala. Quando essa intervenção se tornar massiva, talvez, a partir daí comecem a surgir políticos que realmente tenham competência para resolver crises, para se desligarem da promiscuidade entre a política, o futebol e o grande poder económico. Talvez esses novos políticos venham a ter competência e humildade para se aliarem a outros partidos de ideais diferentes e desenvolverem uma estratégia económica e social a médio-longo prazo para o nosso país.
Há tanta coisa ainda por mudar neste cantinho à beira-mar plantado.
Muito se tem falado nestas últimas semanas sobre a Educação e do conflito entre professores e Governo. Como o tema já começa a cansar de ouvir - isto porque muito se fala, mas poucos acertam - deixo aqui à consideração dos nossos leitores uma perspectiva sobre o tema de Medina Carreira, da qual eu próprio subscrevo, e que muito pouca gente da praça pública tem na realidade focado. O problema é bem maior do que guerrlhas quanto a critérios de avaliação entre professores e ministra da educação / Governo de Sócrates. E quando, em vez de se procurar "ver o todo" optar-se por apenas incidir o focus mediático naquilo que é apenas uma pequena parte do problema, não há política de Educação nenhuma que possa ter sucesso. Aliás, diria mais, eis-nos chegados à "Era da mercantilização educacional", onde o combate ás estatísticas negativas é feito a qualquer preço, nem que para tal seja preciso baixar a fasquia ao nível da exigência dos conhecimentos adquiridos.
Aqui fica um excerto duma entrevista de Medina Carreira á SIC Notícias e ao jornalista Ricardo Costa.
"No que respeita à Educação há muita gente equivocada, porque o esforço financeiro de Portugal é, em termos relativos, dos mais elevados da União Europeia/15.
Em 2001 registámos 5,9% do PIB, ficando acima de nós apenas a Dinamarca (8,5%), a Suécia (7,3%), a Finlândia (6,2%) e a Bélgica (6,1%).Outros consagram à Educação uma fracção do PIB ainda mais baixa que nós: a Áustria, a Alemanha, a França, a Itália, o Luxemburgo e o Reino Unido. E com melhores resultados.
O nosso problema, quanto à Educação, é pouco financeiro e muito político. Deve ter-se presente, desde logo, que o Estado sustenta um sistema de instrução em que mais de metade dos alunos não frequenta a escola para trabalhar e para aprender: ela é apenas o lugar em que as famílias "depositam" os filhos para efeitos de guarda mais segura.
Acresce que a indisciplina nas aulas é regra e nenhum professor, por melhor que seja, pode ensinar nas condições agora vigentes na maioria das escolas. Que os programas são extensos, irrealistas e inadequados. Que os manuais são, demasiadas vezes, instrumentos de muito baixa qualidade. Que a ausência de exames nacionais mais frequentes e mais rigorosos permite que se permaneça na escola longo tempo sem aprender e sem trabalhar. Que os professores não prestam contas da sua competência técnica para ingressar no ensino. Que a direcção colegial é irresponsabilizante e projecta para as funções de gestão os que vão satisfazer mais interesses dos docentes e menos dos alunos.
Nada disto é objecto de debate sério e de reformas consequentes.Sem debater problemas como estes, o dinheiro gasto com a Educação , em grande parte, um mero desperdício.Na Educação reflecte-se afinal, um perigoso vício de toda a nossa política: os governos são aplaudidos se e na medida em que canalizam mais dinheiro para certos sectores.A "paixão" de Guterres pela Educação limitava-se a atingir 6% do PIB! Já estamos nos 5,9%, com os resultados desastrosos conhecidos.Não se pergunta por aqueles, não se presta contas e, como todos têm mandatos curtos, desaparecem irresponsavelmente do palco político.
Mudam os governos e a Educação não regista progressos qualitativos, com consequências negativas que se arrastarão durante muitos e muitos anos.Enquanto não houver uma mudança radical neste domínio, iremos ficando mais atrás na cauda da Europa: a escola terá de ser, como usualmente era, um lugar em que se ensina, se trabalha e se aprende. Agora e como está, serve muito pouco e mal.A obsessão é a quantidade, a estatística. A qualidade e o mérito não importam".
Este é verdadeiramente o grande problema da Educação, na minha opinião!
A crise de que tanto se fala é algo que não faz parte do vocabulário de multimilionários tais como o patrão do Chelsea, o tal de seu nome Abramovich. Enquanto milhões de pessoas apertam os cintos e fazem contas à vida, o Abramovich com um gesto extravaganto-romântico (acabei de inventar uma nova palavra) decidiu fazer uma surpresa à namorada oferecendo-lhe 40 hectares na Lua. É caso para dizer que a namorada dele, de seu nome, Dasha Zhúkova, poderá ver o extraordinário presente através de um par de binóculos, ou melhor, telescópio. A empresa a quem o famoso mafio..., desculpem queria dizer multimilionário, comprou a propriedade na Lua é a Lunar International. Para quem estiver interessado em comprar uma propriedade na Lua é só indicar àquela empresa que vai da nossa parte (a vida está difícil e uma comissãozinha agora não calhava nada mal).
E já que estamos a falar em futebol, Lua e números altos, nada melhor do que deixar aqui uma pequena (des)homenagem ao futebol português, principalmente a nível internacional, que teve uma prestação tristemente memorável nestes últimos dois meses. O Porto aqui à coisa de, mais ou menos, mês e meio levou 4 secas frente ao Arsenal, a nossa selecção levou uma goleada frente ao Brasil (6-2) no passado dia 22 de Novembro, anteontem o Sporting não se portou nada bem frente ao Barcelona (5-2) e, para culminar, ontem o Benfica foi humilhado no seu confronto contra os gregos do Panathinaikos (5-1). É caso para dizer que devem andar com a cabeça na Lua.
Gostaria de fazer aqui um apelo a um multimilionário português, talvez o "Vale e Azevedo", que compre uma propriedade na Lua para as nossas 3 equipas e para a nossa selecção!! Já agora, acrescentar-se-ia à compra, uma viagem só de ida para lá.
Todos nós conhecemos a célebre expressão "cair no sono" e todos nós já passámos pela mesma experiência de no curto período de tempo antes de adormecermos, parecer que estamos a cair. Isso é apenas um sinal da evolução humana. Significa que ainda temos gravado nos nossos genes uma pequena parte da vida dos nossos antepassados que viviam nas árvores. Poderia fazer a diferença entre a vida e a morte cair duma árvore durante o sono. Pelo que esse instinto ajudou muitos dos antepassados da espécie humana a sobreviver.
Fonte: Um Mundo Infestado por Demónios, de Carl Sagan
Sabem porque é que a palavra mamã (similar em diferentes línguas) é das primeiras a serem aprendidas pelos bebés? A resposta é simples, o acto de mamar do bébé é igual ao gesto que fazemos com a boca quando pronunciamos essa palavra, mas sem vocalização (sem som).
Fonte: Um Mundo Infestado de Demónios, de Carl Sagan
Aqui fica um vídeo explicativo de como o poder , nomeadamente o poder religioso, age sobre os indivíduos desprovidos de qualquer base minimamente crítica do ponto de vista cognitivo.
O próximo vídeo é um excerto do documentário Zeitgeist;The Movie, e coloca em destaque o controlo ao nível dos Mass Media, das políticas de Educação e do porquê da maior parte das pessoas ficar "ás cegas" relativamente ao que realmente possa estar a acontecer.
Decidi iniciar hoje aqui no O.Shakers, uma nova rúbrica a qual pretende colocar em destaque esse estilo musical, de nome Jazz e o qual reflecte um verdadeiro espírito shaker não somente no que toca ao universo musical, mas também ao próprio acto criativo e artístico.
Para abrir "o livro"... Miles Davis, um verdadeiro criativo e shaker por excelência! Miles dentro do universo do Jazz, foi sempre um autêntico "camaleão", nunca se contentando em permanecer fiel a um estilo ou a uma filosofia determinista. Miles, foi acima de tudo um dos maiores nomes da história do Jazz, procurando sempre quebrar barreiras e explorar novos mundos.
O vídeo que vos deixo, desenrola-se em torno do 50º aniversário do álbum "Kind of Blue" (e que albúm). Nele poderemos escutar alguns excertos desta autêntica obra de arte (e que bem que assenta aqui esta designação), juntamente com comentários e testemunhos sobre o homem e a sua obra, que vão desde: Herbie Hancock (que ainda neste último verão actuou em Loulé), Bill Evans, etc...
Outros "monstros sagrados" também estão neste vídeo mencionados, tais como, John Coltrane, Bill Evans, Paul Chambers, entre outros, os quais ajudaram Miles a criar esse albúm que é uma autêntica referência da história do Jazz.
"Senhores e senhoras, convosco o grande Miles Davis !"
Hoje deixo-vos aqui este excelente poema (em espanhol) sobre o atroz sistema neoliberalista e sobre a globalização.
Hoy, cuando los ingenieros del consenso parecen haber logrado su objetivo.
Cuando los artífices del pensamiento único se han apoderado de nuestras mentes y de nuestras vidas.
Cuando los constructores de ruinas campan a sus anchas en nuestras salitas por el único ojo que mira por nosotros.
Ahora que los telediarios nos sirven como cena caliente y recién hecha lo que se cuece cada día en los insondables fogones de la cocina internacional.
Ahora que todavía el salpicón de vísceras, despojos y otros productos de casquería racional no alcanza a ensuciar nuestras blancas camisas.
Ahora que la canalla impunemente nos manda sus mensajes de muertes en directo, violaciones de niñas e indios -que no montan a caballo- masacrados.
Ahora que el guinnes del horror se consigue cada cinco minutos, y que las sonrisas valen tres mil pesetas según dice, sin rubor, el anuncio de una ONG.
Ahora que la mayor y más tremenda plaga de este siglo, el integrismo neoliberal, parece haber extendido su guerra santa a todos los confines del planeta.
Ahora que una espantada de caballos hambrientos devasta las praderas del mundo, cocea los países, pace pueblos enteros, irrumpe en nuestras casas y olvida una herradura forjada con el fuego del nuevo orden mundial.
Ahora que los mercaderes de esclavos eligen a sus presas mirándolas fijamente a los dientes en las colas de miseria del INEM.
Ahora que los cartones alfombran las grandes avenidas de nuestra vieja Europa, mientras los arquitectos se adentran en la selva abriéndose camino a golpes de autopista.
Ahora que la razón de Estado se alza secreta e impunemente para seguir matando y torturando incluso en los países democráticamente democráticos.
Ahora que las tribus vuelven a marcar sus territorios con sangre, y que las esvásticas brillan en el cielo amenazando otra vez nuestros destinos.
Ahora que muchos dicen que todos los falsificadores de la Historia han desaparecido tras un muro, ahora que es cuando la Historia ha dejado de existir.
Ahora que los libros no se queman por decir herejías, (aunque siguen produciéndose casos en los que se intenta quemar a sus autores) ahora que arden bibliotecas enteras.
Ahora que el apartheid es la otra orilla, la otra orilla siniestra del barquero, el lugar a donde nadie quiere ir y el lugar de donde nadie vuelve.
Ahora que los que van a nacer no saben si los dados caerán del lado del hambre o del de la anorexia.
Ahora que en el gran circo exhiben una criatura de Chernobil y que en Mururoa celebran una fiesta adornando las calles con guirnaldas radiactivas.
Ahora que de todos los calendarios cuelga la foto de un paisaje con un bosque petrificado y un lago seco.
Hoy que están de moda los finis terrae, las sectas, los cometas, los genocidios y los milenios, hoy que todos los caminos son caminos calcinados, tal vez alguien pregunte.
Tal vez alguien pregunte por qué razón los versos ya no despiden olor a primavera. No se pueden hacer ofrendas con rosas mutiladas y la tormenta acalla los violines. Las margaritas ya no dicen si o no, sus hojas nacen muertas.
Y entre tanta agonía es hora de sembrar una nueva cosecha. Plantemos pensamientos entre las cenizas.
Hoje decidi postar uma notícia emitida pela agência Lusa, a propósito de um debate sobre o estado do País levado a cabo na cidade do Porto, e onde de entre algumas personagens da cena económica destacaria essa "voz corrosiva" - a quem muitos consideram-na de catastrofista por natureza - e a qual me dá algum prazer escutar, na medida em que tratando-se de quem já passou pelo poder e conhece bem a realidade portuguesa nas suas diversas vertentes, em especial a económica, acaba por ser aquilo que muitos designam como a "pedrada no charco".
Ora aqui fica na íntegra a peça jornalística da Lusa:
O fiscalista Medina Carreira traçou hoje um quadro muito negativo de Portugal, considerando que a actual situação resulta de uma quebra acentuada no crescimento económico, num país em que "ninguém é responsável por nada". "A democracia em Portugal é uma brincadeira em que ninguém é responsável por nada, não há responsáveis", afirmou Medina Carreira, salientando que "o País apenas é governado com rigor durante um ano ou um ano e meio por legislatura".
No restante tempo, segundo o fiscalista, quem vence as eleições começa por tentar corrigir as promessas que fez na campanha eleitoral e, a meio do mandato, "começa a preparar as mentiras para a próxima campanha eleitoral".
"Com esta gente que temos, não podemos ter muitas esperanças (quanto ao futuro)", defendeu, frisando que "as eleições ganham-se com mentiras".
Medina Carreira, que falava aos jornalistas em Gaia à margem de um debate sobre a actual situação do País, defendeu que "a raiz do problema" de Portugal resulta da quebra no crescimento económico.
"Durante 15 anos crescemos seis por cento ao ano, entre 1975 e 1990 crescemos quatro por cento ao ano e de 1990 para cá estamos a crescer 1,4 por cento ao ano. Se não mudarmos de vida, o futuro exige meditação", frisou.
Para o especialista, "não há economia que aguente um Estado social com tudo para todos, desde o berço até ao túmulo", defendendo que esta concepção "está condenada".
O fiscalista também se pronunciou sobre as verbas europeias destinadas a Portugal através do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), desvalorizando a sua importância.
"Antes do QREN já vieram muitos milhões da Europa e veja-se o estado em que o País está", frisou Medina Carreira, que também se manifestou contra a rede ferroviária de alta velocidade e o novo aeroporto de Lisboa.
"São uma tontice, o País não tem dinheiro para isso", afirmou.
O quadro negro traçado por Medina Carreira foi corroborado pelo economista Pedro Arroja, para quem a economia portuguesa "está bloqueada".
"Estamos a crescer menos que toda a União Europeia, vivemos acima das nossas possibilidades, estamos a perder terreno em relação a outros países europeus", frisou.
Para o economista, a solução tem que passar por uma "redução significativa dos impostos que possa atrair as empresas e pôr a economia a trabalhar".
Pedro Arroja considerou que o aeroporto e a alta velocidade "são projectos para encher o olho mas não são prioritários para o País", além de que "só vão complicar as coisas do ponto de vista orçamental.
"Como português, gostaria muito que tivéssemos um novo aeroporto em Lisboa e uma rede ferroviária de alta velocidade mas não me parece que sejam prioritários", afirmou.
Para o economista, a opção do Governo pelo combate ao défice está a "estrangular a economia", defendendo que "não morremos da doença mas podemos morrer da cura".
Medina Carreira e Pedro Arroja foram dois dos intervenientes num debate sobre a situação do País, em que também participou Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto. O dirigente socialista Jorge Coelho, cuja presença tinha sido anunciada, faltou.
"The only thing the market liked better than a hot young artist was a dead hot young artist, and it got one in Jean-Michel Basquiat, whose working life of about nine years was truncated by a heroin overdose at the age of twenty-seven." - in "American Visions" by Robert Hughes
Desde há alguns séculos que a vida sacerdotal (na Igreja Católica) implica castidade. Não são permitidos os casamentos de sacerdotes, porque o Vaticano não gostaria nada de lhes ver fugir a herança de um padreco para as mãos de uma viúva ou de um filho (Rodriguez, Pepe: Mentiras Fundamentais da Igreja Católica; 2001). Devido a intenções puramente materialistas e muito pouco espirituais, como esta, é que se têm cometido ao longo dos séculos crimes carnais que têm passado impunes à Justiça do Homem.
O problema da sexualidade desviante dos sacerdotes da Igreja já é histórico. Sob o pontificado de Leão e dos seus sucessores. no século IX, muitos mosteiros tornaram-se refúgios de homossexuais e conventos viraram bordéis onde bebés indesejados eram mortos e enterrados. O Concílio de Aix-la-Chapelle, reconheceu esse facto.
O Papa João XII chegou a ser acusado de cometer incesto com as suas irmãs, de converter o palácio oficial em serralho ou bordel, de deitar-se com a prostituta do seu pai, etc.
No pontificado de Papa Benedito VI muitas senhoras francesas, inglesas e espanholas que visitavam Roma foram seduzidas ou violentadas e ali permaneceram como cortesãs, indo muitas delas parar ao palácio do Papa para serem suas escravas sexuais. Este Papa foi descrito pelo Papa Silvestre II como um "horrível monstro" e o sínodo de Reims desacreditou-o como "um homem que em criminalidade superou o resto da humanidade".
O Cardeal Cossa mantinha uma residência em Bolonha que, segundo testemunhos, incluía "200 jovens, mulheres casadas e viúvas e muitas freiras".
O Papa Pio II, brincando, costumava chamar o cardeal Pietro Barbo de São Marcos - seu sucessor - de "devota Maria". Barbo, o futuro Paulo II, gostava de ver homens nus serem colocados no cavalete e supliciados. Este Papa era homossexual.
O Papa espanhol Alexandre VI (Rodrigo Bórgia) era conhecido pelas suas depravações sexuais. Era ainda do tempo em que os papas podiam ter filhos (ele reconheceu 3 deles). O casamento clerical já não era permitido porque havia sido proibido 4 séculos antes pelo Papa Gregório VII. Foi conhecido por cometer incesto com a sua filha Lucrécia Bórgia, ter diversas amantes, organizar bacanais papais, etc. (Cawthorne, Nigel - A Vida Sexual dos Papas - 1996)
Têm havido relatos ao longo de toda a História da humanidade de vários órfãos de pai, que são conhecidos por serem os filhos do padre da paróquia. De facto, os nuestros hermanos espanhóis até têm um ditado bastante cómico em relação a esse facto: "Los curas son las unicas personas a quienes todo el mundo llama padre, menos sus hijos, que los llaman tios" - Os padres são as únicas pessoas a quem toda a gente chama pai, menos os seus filhos, que lhes chamam tios - (Burguen, Stephen - A Língua Da Tua Mãe - 1998).
Só no Brasil, 2 mil dos cerca de 7 mil padres que abandonaram a vida sacerdotal para se casarem formaram um movimento nacional dos padres casados, os quais pretendem novamente voltar a celebrar missa, desde que o Vaticano os aceite na sua condição de homens de família. De facto, o casamento de sacerdotes poderá ajudar a mitigar alguns problemas sexuais dos padres, mas não os evitará, tal como a própria da Igreja Católica o demonstra.
É muito provável que o homem conhecido como Banksy seja presentemente o "maior" artista de rua dos nossos tempos. O alcance global do conteúdo das suas obras, aliados a uma certa omnipresença e a uma ousadia na escolha dos lugares a serem retratados (a Disneylandia ou os pinguins do Jardim Zoológico de Londres) fizeram dos seus stenciles imediatamente reconhecíveis pelo grande público mas, a despeito disso, seu nome verdadeiro, ano de nascimento e cidade natal permanecem um mistério.
Em Janeiro deste ano, uma parede grafitada por ele foi vendida por 400 mil dólares e, meses depois, duas peças menores seriam avaliadas em 50 mil libras cada uma e colocadas em leilão junto com fotografias de Elthon John e Faye Danaway; desde o ano passado, pedaços de rua grafitados têm sido arrancados e vendidos no e-Bay a 20 mil libras.
Tanto furor tem a ver com a crescente atenção e importância que as intervenções urbanas têm vindo a ganhar nos grandes e médios centros urbanos de todo mundo depois de saírem da esfera da pixação pura – uma concorrência entre grupos e indivíduos pixadores (convém fazer a distinção destes dos graffiters) cujo objectivo é, essencialmente, elevarem os seus nome e assinaturas através do vandalismo mais arriscado (os pixadores).
As intervenções urbanas são agora parte da chamada arte contemporânea pelo refinamento dos objectivos, referências das gravuras e complexidade das mesmas. São instalações artísticas em pleno céu aberto que hoje dialogam com o aspecto do pixe (termo de origem brasileira que está associado à cultura dos Graffities e que não utiliza nem recorre a tintas nobres, nem a técnicas académicas ) e com as grandes galerias de arte.
Banksy é um dos grandes nomes desse movimento que tem levado as ruas para dentro dos museus e a arte para quem simplesmente passa na rua. As suas gravuras possuem um claro conteúdo político, rebelde, que se derrama em sarcasmos tão violentos quanto subtis: o soldado sendo revistado por uma criança, o guerrilheiro que joga um ramo de flores ao invés de uma bomba, a empregada varrendo o lixo para dentro da parede, os dois assassinos de Pulp Fiction agarrando em bananas ao invés de armas, ou agarrando em armas, mas vestidos de bananas.
São protestos que podem ser compreendidos e sentidos do mesmo modo por londrinos e colombianos, Banksy mexe com a cultura de massas, com os produtos e a miséria do nosso dia-a- dia e depois embala tudo com tinta preta e referências a artistas contemporâneos como a fotógrafa norte-americana Diane Arbus ou o artista-pop Andy Warhol.
A genialidade do artista está lançada agora na Village Pet Store And Charcoal Grill, uma bizarra loja de animais animatrónicos (uma categoria de robots originalmente criada pelos estúdios Disney) onde as grandes atracções são salsichas que fazem de minhocas, um chimpanzé que assiste pornografia no Discovery Channel e uma quinta de McNuggets. A loja, na 7th Av. ficou totalmente aberta ao público, dia e noite até o Halloween, apesar das suas exposições serem ainda desconhecidas da maioria do grande público. (Adaptado do post "Banksy:arte de guerrilha, segredos e animais" por Prill in Obvious)
Quando olhamos para o céu à noite e vislumbramos os planetas e as estrelas à vista desarmada não temos noção da imensidão do Universo. Quando temos noção dessa infinitude e da pequenez do nosso Planeta Terra vemos o quão mesquinhas e desprovidas de sentido são as guerras por disputas por territórios, o racismo e tantos outros tipos de preconceitos baseados no nacionalismo.
Para ficarmos com essa ideia, nada melhor do que embarcarmos nma viagem de 10 biliões de anos-luz até aos confins do Universo conhecido.
Numa magnífica passagem de slideshows, o celebrado fotógrafo naturalista Frans Lanting, apresenta "The LIFE Project", uma colecção de fotografias poéticas que contam a história do nosso planeta, desde as erupções iniciais até à diversidade actual. A excelente banda sonora é da responsabilidade de um senhor de nome Philip Glass. Mais uma produção TED.
Frans Lanting, é um dos maiores nomes da fotografia naturalista dos nossos tempos, sendo que o seu trabalho muitas vezes possa ser apreciado na famosa revista - National Geographic.
Será notícia de hoje no Jornal Expresso, o facto de que os portugueses só consomem em casa 20% da água que pagam, sendo os outros 80% - as águas residuais - devolvidos aos rios e aos solos. A maioria da população desconhece estes números mas eles encontram-se "escondidos" no Plano Nacional da Água desde 2002.
Na agricultura, o sector responsável por quase 90% do consumo nacional de água, a situação é exactamente a inversa: 80% da água utilizada é consumida. Mas no turismo esse valor cai para 9,8%.
O indicador de uso de água da organização ambientalista World Wild Fund coloca Portugal em sexto lugar no "ranking" mundial.
A forma como temos vindo a empregar este precioso e vital recurso, tem sido verdadeiramente insensata e de total desperdício. Quando se diz que o presente século será, o século da água derivado à situação de eventual escassez da mesma, é necessário cada vez mais alertar toda a população para um uso racional da mesma.
Penso que a maioria das população ainda continua a pensar que a água é como o ar, e que se algum dia existir problemas de escassez, esse dia estará no seu imaginário bastante distante e longínquo, procurando desse modo "sacudir a água do seu capote" (esta expressão popular caíu aqui bem, engraçado) e delegando nas gerações futuras toda a responsabilidade nos eventuais problemas revelando, acrescente-se, o egoísmo primário relativo à condição humana.
Barack Obama, o presidente eleito dos EUA, deu a primeira conferência de imprensa desde as eleições de 4 de Novembro, em Chicago. A economia esteve no centro do seu discurso. «A crise requer uma acção global», disse o antigo senador do Illinois, que deixou ainda alguns avisos ao Irão.
«Imediatamente depois de assumir a presidência irei confrontar esta crise económica de frente», disse Obama, frisando que, para já, é George W. Bush que está na Casa Branca e que, por isso, não há muito que possa fazer neste momento.
Depois de ter sido eleito a 4 de Novembro, Barack Obama só tomará posse a 20 de Janeiro de 2009. Depois dessa data, garantiu, tomará as medidas adicionais necessárias para fazer frente à crise, para além daquelas que já foram tomadas até agora.
«Estamos a enfrentar o maior desafio económico das nossas vidas e vamos actuar rapidamente para resolvê-lo», disse, precisando: «As nossas prioridades vão ser a redução de impostos às famílias com mais dificuldades e o aumento da produção norte-americana».
Antes desta conferência de imprensa, Obama e o seu «número dois», Joe Biden, estiveram reunidos com um concelho de 17 conselheiros económicos. Esta sexta-feira, os dados revelados sobre o desemprego em Outubro (6,5 por cento) revelaram-se os mais altos desde 1994, mais quatro décimas do que em Setembro.
Avisos ao Irão
Durante a conferência de imprensa, Barack Obama abordou ainda o dossier do Irão, cujo programa nuclear tem gerado tensões entre Teerão e a comunidade internacional. O presidente eleito dos EUA deixou um aviso: «O desenvolvimento de armamento nuclear por parte do Irão, considero-o inaceitável».
Obama advertiu ainda que «o apoio de organizações terroristas, por parte do Irão, é algo que tem de terminar». Revelou também que irá responder à carta que recebeu do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, felicitando-o pela sua eleição, mas que a aproximação de Teerão é um tema que terá de ser pensado.
Não se pode exprimir por palavras a dor de um pai e de uma mãe ao perder o que de mais precioso têm na vida, o seu filho. Não existem palavras que traduzam o desespero e o sofrimento de uma criança a quem lhe é roubado o mundo em que vive.
Não queremos nem podemos ser indiferentes a toda esta infelicidade que nos rodeia, se cada um de nós der um pouco do seu tempo, do seu trabalho e da sua força podemos mudar algo. O nosso pouco pode levar muita esperança aos que dela vivem.
Desenvolvemos alguns cartões que poderá colocar facilmente no seu site pessoal, comercial ou blog. Estes cartões têm fotografias e informações de crianças desaparecidas em Portugal.
A internet é um poderoso recurso no combate a este tipo de problemas. Juntos poderemos levar estes rostos a milhares de pessoas.
Não permita que estas crianças caiam no esquecimento. Colabore!
P.s.: Verifiquem regularmente o widget "Desapareceu" que se encontra na barra lateral. Apelamos, encarecidamente, aos nossos amigos blogueiros que se associem, igualmente, a esta causa.
O assunto de hoje, como não poderia deixar de ser, é a eleição do novo Presidente democrata Barack Hussein Obama (é curioso o segundo nome dele). O objectivo deste post não é deter-me em considerações sobre o programa eleitoral e sobre a pessoa de Obama. Gostaria, sim, de reflectir um pouco sobre a importância que as cadeias internacionais de televisão dedicaram às eleições norte-americanas.
No presente momento encontro-me no Canadá. Tenho acesso via satélite à maioria dos canais televisivos da maioria dos países do continente americano (ou nos continentes norte-americano e sul-americano, visto que não há consenso nisto). Nos meus momentos de zapping tenho notado, de há alguns meses até à data, que grande parte do espaço noticioso em todos estes países é dedicado às eleições norte-americanas (penso que em Portugal há-de ser igual, pelo que me é dado a entender através da RTP Internacional). A maioria destes canais televisivos, favoráveis a Obama, optam todas pelo mesmo formato: actualidades da campanha; entrevistas no exterior perguntando às pessoas (vox populi) sobre qual o seu candidato favorito; entrevistas a emigrantes vivendo nos EUA; pequenas considerações sobre o programa eleitoral de cada um dos candidatos; debates sobre a campanha; opiniões dos principais opinion makers sobre as eleições; biografias sobre a vida de um e do outro candidato, etc. Isto não parece nada de novo, porque os formatos noticiosos tanto aqui na América como na Europa são bastante homogéneos (não me pronuncio sobre os restantes continentes porque não sei, mas não deve ser muito diferente).
Outra das características presentes nestes globalizados formatos noticiosos é a de repetirem ad eternum as mesmas notícias (no caso de se revestirem de alguma polémica, catástrofe ou escândalo).
A importância das eleições norte-americanas para o mundo globalizado é tremenda, quer queiramos ou não. São quase tão ou mais importantes como as eleições em cada um dos países deste nosso esbatido ponto azul (aplicando as palavras de Carl Sagan quando se referia ao nosso Planeta Terra). Alguém ouviu falar nas eleições Canadianas por aí? Só talvez os mais atentos devem ter escutado/ visto algo sobre as eleições legislativas que ocorreram aqui no passado dia 14 de Outubro, nas quais foi reeleito o primeiro-ministro conservador Stephen Harper. O mais cómico é que a campanha aqui mal se notou também, tendo sido dado muito mais relevo às presidenciais nos EUA. Mesmo tentando conversar com os canadianos sobre as eleições aqui no Canadá, era impossível prosseguir conversa sem que o assunto não esbarrasse nas eleições norte-americanas.
Vejo, ainda, com bastante cepticismo a tão apregoada "Change" por parte de Obama. Os lobbys nos EUA são muito fortes, principalmente os que dizem respeito ao armamento/ indústria militar, à banca, às grandes multinacionais, entre outros. Fazer melhor trabalho do que Bush vai ser bastante fácil (penso que até a palhaça Tété faria melhor), o que Obama não se livra é da pressão que todo mundo coloca nele, as expectativas são bastante altas. É certo que, de entre os dois principais candidatos, Obama é a melhor escolha, enquanto Mccain constituiria mais do mesmo. E não podemos continuar com o mesmo.
A gigantesca afluência às urnas e vários problemas nas máquinas de voto electrónico estão a marcar o processo eleitoral nos Estados Unidos, provocando enormes filas de gente à espera de participar naquele que muitos analistas antecipam como uma das mais participadas eleições presidenciais norte-americanas de sempre.
Acompanhado da filha mais velha, Malia, Obama votou na sua cidade, Chicago. «Votei», declarou, provocando os aplausos dos eleitores presentes.O senador por Illinois estava acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas Sasha e Malia quando chegou à mesa de voto, numa escola primária. Obama demorou cerca de 10 minutos para preencher o enorme formulário de voto, que inclui outras questões administrativas além da escolha do presidente.
Logo depois, Joe Biden, votou em Wilmington (Delaware), ao lado da mãe Catherine e a esposa Jill. Ele saiu sorridente, com o polegar levantado em sinal de confiança.
Obama tem agendado um último comício em Indiana (norte), e Biden é aguardado em Virgínia (leste). Os dois homens devem se encontrar no fim do dia em Chicago.
Hillary e Bill Clinton, por sua vez, votaram em Chappaqua, no estado de Nova York.
Já o candidato republicano, John McCain, votou em Phoenix, Arizona, acompanhado de sua mulher, Cindy. McCain, segundo nas sondagens, votou e saiu rapidamente, evitando responder às perguntas dos jornalistas que o cercavam a secção de voto.
Depois de percorrer na segunda-feira milhares de quilómetros de avião e fazer comícios em sete estados, McCain resolveu fazer, nesta terça-feira, um esforço inédito num candidato presidencial americano, para tentar arrancar a vitória na última hora.
McCain incluiu em sua agenda duas acções de campanha nesta terça-feira, em Colorado e Novo México, dois estados considerados chave.
Sua candidata a vice, Sarah Palin, votou na cidade de Wasilla, no Alasca, acompanhada de seu marido, Todd.
As manchetes dos jornais americanos insistiram nesta terça-feira na importância histórica desta eleição. «A dois passos da história», anunciou o jornal New York Post, ao lado de uma grande foto de Obama. «A história vai ser escrita hoje», afirmou, por sua vez, o jornal nacional USA Today.
Como eles elegem o Presidente
Se ainda não percebeu bem o complexo sistema eleitoral norte-americano, chegou ao sítio certo. Saiba, por exemplo, como é que o maior número de votos dos eleitores não implica necessariamente a vitória de um candidato.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) é escolhido através de sufrágio universal e indirecto. Universal, porque todos os cidadãos americanos podem votar. Indirecto, pois votam para escolher os representantes para um colégio eleitoral, a quem cabe a decisão final.
Para se ser eleito Presidente dos EUA bastam 35 anos de idade e nascimento e residência, há pelo menos 14 anos, nos Estados Unidos. O Presidente também não pode cumprir mais que dois mandatos. Cumpridos estes requisitos, é então necessário ultrapassar o longo e extenuante processo de eleição, que decorre em duas fases.
Primárias
A primeira fase do processo compreende as chamadas primárias, que têm como objectivo a escolha dos candidatos que vão representar cada um dos partidos (o Republicano e o Democrata).
Cada Estado decide como dá rumo a este processo. Em alguns casos, votam apenas os filiados no partido, noutros, qualquer cidadão pode votar. Nas primárias, o voto é secreto, mas há Estados que optam pelo caucus, uma espécie de assembleia popular, em que a votação é pública (braço no ar), podendo até os eleitores alterar o seu voto enquanto ela decorre.
Desta votação, resulta um determinado número de delegados, que vão representar o candidato a que estão associados, numa Convenção realizada por cada um dos Partidos. É aqui que são anunciados, formalmente, os dois candidatos a Presidente dos EUA – embora na maioria das vezes, já se saiba, previamente, quem são estes candidatos, devido à soma do número de delegados eleitos durante as primárias.
Frequentemente, os candidatos com menos peso vão desistindo da competição, principalmente depois da «Super-Terça-feira» – em que quase metade dos Estados vão às urnas –, depois da qual vão diminuindo as dúvidas sobre quem será o vencedor da corrida.
Neste caso, temos Barack Obama e John McCain, pelo Partido Democrata e pelo Republicano, respectivamente, a disputar as eleições de 4 de Novembro.
Colégio Eleitoral
Segue-se então a segunda fase, agora disputada por apenas dois candidatos. Todos os cidadãos norte-americanos recenseados são convidados a votar no seu candidato favorito, nos seus respectivos Estados. Este voto irá servir para eleger um determinado número de delegados, que vão representar o candidato no Colégio Eleitoral. É neste que os delegados eleitos pelo povo vão escolher o novo Presidente dos EUA.
Quanto maior for a população de um determinado Estado, mais representantes terá no Colégio Eleitoral – daí que alguns Estados sejam mais importantes do que outros para que a campanha seja ganha. Para além disso, na maior parte dos Estados, o candidato com mais votos arrecada todos os delegados desse Estado para o Colégio Eleitoral, tendo os votos dos outros candidatos um efeito nulo.
É daqui que surge a controvérsia associada ao modelo norte-americano – é que quem tem mais votos, não é necessariamente quem ganha as eleições. Foi o caso polémico das eleições em que Al Gore perdeu a presidência para George W. Bush, mesmo contabilizando mais votos entre a população.
Ora chegados (humanidade) ao fim do reinado do Sr. Bush "Júnior", e em dia de eleições americanas, aqui fica a minha sugestão cinematográfica (nada apartidária, refira-se desde logo) levada a cabo por esse grande realizador de nome Oliver Stone e que nos faz pensar em como de facto na América.... tudo é possível.
W. à vossa consideração!
PS: O pormenor das "texanas" no cartaz está excelente.
Com o actual ritmo de consumo dos recursos naturais do nosso planeta, segundo o relatório Planeta Vivo de há dois anos - responsabilidade da organização WWF, Sociedade Zoológica de Londres e da Global Footprint Network - precisaríamos de um segundo planeta por volta do ano 2050.
Recentemente, re-avaliadas as diversas condicionantes desse estudo, iremos ter essa necessidade 20 anos antes, ou seja, em 2030. Acabamos de hipotecar o futuro dos nossos filhos, que por essa altura estarão a entrar para o mercado de trabalho, com um planeta completamente hipotecado caso não se faça algo muito urgentemente.
Mathis Wackernagel, director-executivo da Global Footprint Network, refere que satisfazer o actual nível de consumo da humanidade será "impossível" causando alterações graves no ecossistema global e ameaçando as bases económicas da actual sociedade global. A dificuldade em produzir recursos básicos irá fazer disparar o preço dos alimentos e da energia, causando uma crise à escala mundial.
Posto isto, virão os críticos pró-sistema dizer: "Nada de preocupante, penso que se está a exagerar neste tipo de previsões! Tudo está controlado, não havendo razões para pânico. O actual modelo económico e de consumo apenas está a atravessar um pequeno mau momento, em breve tudo se normalizará, e o milagre do consumo será a libertação e realização final do ser-humano!"
Se há quem afirme que "o dinheiro cega", neste caso toda a actividade ligada a ele directa ou indirectamente, também padece dos mesmos efeitos sobre os indivíduos.