A crise, sente-se já, é grave. A crise, pressente-se, vai piorar. Para o economista Silva Lopes, a pior virá depois, quando Portugal tiver de pagar os custos do esforço dispendido para tentar amenizar os efeitos da actual crise financeira mundial.
No debate sobre o Orçamento do Estado para 2009 organizado pelo Fórum para a Competitividade, Silva Lopes disse que o país enfrenta dois problemas fundamentais: o da falta de produtividade/competitividade e o do elevado endividamento externo.
"Vamos ser obrigados a equilibrar as contas externas", avisou o economista, e, nessa altura, "vamos ter uma crise grave, muito mais grave do que aquela que temos agora". O défice externo português encontra-se próximo dos 10 % do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2009 pode chegar aos 12 %.
“Um país não pode continuadamente investir mais do que poupa, pelo que nalgum momento do tempo Portugal terá que inverter essa tendência”, avisou. Para que o défice da balança de transacções correntes possa ir para perto de zero, ou as exportações aumentam ou a despesa interna baixa, notou Silva Lopes.
Entretanto o Sócrates há-de ir tapando todas as fissuras com fita-cola para que o dique da crise não rebente antes das eleições legislativas. Já dizia o outro: "pior é sempre possível".
Um comentário:
de facto concordo que o pior da dita crise será sentido em 2009. Tal como refere Silva Lopes, a factura não vai ser nada "meiga" derivado ao facto dos auxílios para a estancar a crise. Mas para nós portugueses, isso até nem é grande novidade. A "malta" já está habituada! (Infelizmente)
Abraço
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