Foi na água que começaram as adaptações que permitiram as primeiras investidas dos animais em terra — como ter um pescoço. É isso que revela o fóssil do Tiktaalik roseae, que em 2006 fez as parangonas do mundo científico por ser um elo na passagem dos peixes para os tetrápodes, os vertebrados que colonizaram a terra e deram origem aos anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Dois anos e muito estudo depois, a anatomia interna do crânio do fóssil mostra os passos intermédios da transformação das estruturas que levaram animais incapazes de mexer a cabeça a seres que não precisam de água para se sustentar.
“Pensávamos que esta transição do pescoço e do crânio fosse uma passagem rápida”, disse um dos autores do estudo publicado amanhã na revista Nature, Neil Shubin, da Universidade de Chicago. “Faltava-nos a informação sobre os animais intermédios. O Tiktaalik preenche este buraco morfológico. Mostra-nos muitos dos passos individuais e esclarece a questão do timing nesta transição complexa.”
O vertebrado viveu há cerca de 375 milhões de anos no Devónico. Era um predador com 1,80 metros e vivia em águas pouco profundas. Os ossos foram descobertos em 2004 na ilha de Ellesmere, no Canadá. Tinha o crânio, o pescoço, as costelas e parte dos membros como os tetrápodes, mas as mandíbulas primitivas, as escamas e as guelras eram iguais aos dos peixes.
Os novos estudos deram mais informação. “Vemos que as características do crânio que antes eram associadas a animais que viviam em terra apareceram primeiro como adaptações a águas pouco profundas”, explicou o primeiro autor do estudo, Jason Downs.
A cabeça do Tiktaalik tinha uma construção mais sólida do que os seus antepassados e era móvel relativamente ao resto do corpo, o que permitia sustentar-se no leito dos cursos de água. O fóssil tinha um osso mandibular que nos peixes coordena o movimento, a alimentação e a respiração, mas muito reduzido. Nos tetrápodes a estrutura também é mínima e evoluiu para um dos ossos do ouvido. Todas estas mudanças foram essenciais para o que estava por vir, a colonização da terra.
Dois anos e muito estudo depois, a anatomia interna do crânio do fóssil mostra os passos intermédios da transformação das estruturas que levaram animais incapazes de mexer a cabeça a seres que não precisam de água para se sustentar.
“Pensávamos que esta transição do pescoço e do crânio fosse uma passagem rápida”, disse um dos autores do estudo publicado amanhã na revista Nature, Neil Shubin, da Universidade de Chicago. “Faltava-nos a informação sobre os animais intermédios. O Tiktaalik preenche este buraco morfológico. Mostra-nos muitos dos passos individuais e esclarece a questão do timing nesta transição complexa.”
O vertebrado viveu há cerca de 375 milhões de anos no Devónico. Era um predador com 1,80 metros e vivia em águas pouco profundas. Os ossos foram descobertos em 2004 na ilha de Ellesmere, no Canadá. Tinha o crânio, o pescoço, as costelas e parte dos membros como os tetrápodes, mas as mandíbulas primitivas, as escamas e as guelras eram iguais aos dos peixes.
Os novos estudos deram mais informação. “Vemos que as características do crânio que antes eram associadas a animais que viviam em terra apareceram primeiro como adaptações a águas pouco profundas”, explicou o primeiro autor do estudo, Jason Downs.
A cabeça do Tiktaalik tinha uma construção mais sólida do que os seus antepassados e era móvel relativamente ao resto do corpo, o que permitia sustentar-se no leito dos cursos de água. O fóssil tinha um osso mandibular que nos peixes coordena o movimento, a alimentação e a respiração, mas muito reduzido. Nos tetrápodes a estrutura também é mínima e evoluiu para um dos ossos do ouvido. Todas estas mudanças foram essenciais para o que estava por vir, a colonização da terra.
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