Quando alguém é "talhado" para algo, tarde ou nunca se livra dessa "talhagem", e é seguindo esta regra americanizada da política que encontrei mais esta "gaffe" ou em português corrente "asneira" do candidato republicano McCain.
A forma depreciativa como McCain se referiu ao seu adversário, durante o debate, utilizando a expressão 'that one' (aquele, em português), voltou a gerar polémica, depois de, na mesma semana, Sarah Palin também ter acusado Obama de «não gostar o suficiente do seu país, ao ponto de se dar com pessoas que já atentaram contra a sua nação». Enquanto uns consideram estes actos racistas e despropositados, outros preferem ignorar e ultrapassar mais esta infelicidade de McCain e da sua vice-presidente.
O mais recente «caso» deu-se durante o segundo debate entre os candidatos, numa altura em que McCain criticava o opositor por ter votado favoravelmente, em 2007, a uma lei sobre energia da administração Bush. «Sabem quem votou favoravelmente? Nem vão acreditar. Foi aquele ['that one', apontando para Obama]. Não eu!» Foi esta a frase que gerou polémica, acusações de racismo e cujo vídeo (nas mais diversas versões) já inundou o You Tube.
Aproveitando a onda de popularidade de Obama que, durante esta semana, passou a liderar as sondagens em estados importantes, Larry King resolveu convidar Michelle Obama para o seu programa, na CNN.
A mulher do candidato democrata mostrou ter a 'lição' bem estudada e conseguiu esquivar-se na perfeição a todas as perguntas, até mesmo àquelas que continham uma ou outra rasteira.
Michelle admitiu estar a gostar muito da experiência e desvalorizou todas estas situações, relembrando que o principal problema, actualmente, é a crise económica. Os americanos «não se preocupam com estas lutas entre candidatos... eles querem respostas reais de como cada candidato vai conseguir salvar a economia e garantir serviços minímos de saúde. O resto faz parte da política», afirmou a candidata ao 'cargo' de primeira-dama dos EUA.
Durante a sua entrevista, Larry King fez questão de passar a pente-fino o outro tema quente da semana, a acusação de que Obama estaria ligado a supostos terroristas, ao que Michelle respondeu que o marido não tem culpa «das actividades em que outra pessoa possa ter estado envolvida quando ele tinha 8 anos».
Michelle acredita que estes 20 meses de campanha serviram para as pessoas conhecerem suficientemente os candidatos. «Conhecem o seu coração, o seu espírito e aquilo que encorajo as pessoas a fazer é a julgar Obama, e os outros candidatos, com base no que eles fazem, nas suas acções, no seu carácter, com o que fazem da vida e não com actividades em que qualquer outra pessoa posssa ter estado envolvida quando eles eram apenas crianças», afirmou.
A mulher do candidato mostrou todo o seu fair-play quando teve de dar a sua opinião sobre Sarah Palin. «Penso que ela é um excelente exemplo dos diferentes tipos de papel que a mulher assume na sociedade», disse à CNN. Sarah Palin faz «publicamente aquilo que qualquer mulher faz no seu círculo privado. Aquilo por que lutamos e queremos assegurar é que qualquer mulher tenha as mesmas oportunidades e opções que Sarah Palin e eu temos», concluiu.
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