Há alguns dias que tenho estado para postar algo sobre a triste realidade que actualmente aflige o Médio Oriente com a Guerra na Faixa de Gaza.
Falar sobre tema requer acima de tudo conhecer bem a própria história ( não só a mais antiga como a mais recente) mas isso é algo que admito não estar por dentro de todo o contexto político-estratégico, assim como a maioria de todos aqueles que assistem a este terrível cenário de destruição de vidas.
Digo isto porque, este é um "jogo" onde as verdadeiras razões e vocações para justificar esta guerra parecem-me escondidas daquilo que é a versão oficial por parte de Israel.
No entanto aqui ficam alguns aspectos que deixo à consideração dos leitores:
1º Não será estranho o "timing" escolhido por parte de Israel para iniciar esta ofensiva?
2º A justificação de terminar com o Hamas, parece-vos possível e realista de alcançar?
3º Não é de surpreender, o facto de que, quando se pensava que a personagem George W. Bush tinha terminado o seu "reinado da força bruta" a escassos dias de abandonar o lugar de presidente dos Estados Unidos, ainda consiga sentir-se o seu "odor" e cobertura a mais uma Guerra?
4º Não é irónico, o estado de Israel querer terminar de vez agora com um movimento palestiniano que ajudou a criar? (aonde é que eu já ouvi algo parecido?!)
5º E os números? 3 mortes por parte de Israel contra cerca de 300 palestinianas, no primeiro dia de ofensiva, não parece ser um uso extremamente exagerado de força?
6º Será que o Hamas, é o único movimento extremista radical a preconizar o lançamento de rockets contra o estado de Israel? (Alguém se esqueceu da Jihad Islâmica e do Yezbolah com certeza)
7º Será que o mundo tem conhecimento de que em Israel existe cerca de 1 milhão e 200 mil cidadãos israelitas que têm a sua origem no mundo árabe e são maioritariamente católicos e muçulmanos, que podem ser a génese para um entendimento responsável e duradouro no futuro?
Sobre esta "eterna guerra",que assim mesmo parece quererem transformar (ambas as partes) ,haverá muito para analisar, no entanto um dado parece-me relevante: aquilo ,de facto, a que estamos a chamar de guerra na realidade não é mais do que um dizimar de vidas por parte de um exército altamente sofisticado contra uma população praticamente indefesa, encurralada e vítima não só dos agressores como dos seus pares.
Uma imagem que não vale mais do que mil palavras:
(Fonte: CBSNEWS.com)
3 comentários:
Ricardo,
Se há coisa que não entendo são as guerras, e esta em particular é que não entendo mesmo. É incrível como a humanidade desde a sua existência nunca conseguiu um único dia de paz universal. Acho que isto dá muito que pensar.
Abraço.
Art of Love, muito provavelmente poder-se-á dizer que fazer guerra está no DNA do ser humano. Felizmente que nalguns, esse gene tem vindo a tornar-se recessivo, infelizmente noutros acabou por desenvolver-se e tornar-se imune a qualquer tipo de intervenção (os resultados estão à vista). Parece-me que é o caso, dos dirigentes quer tanto da parte de Israel como dos extremistas palestinianos.
Abraço
Há centenas de anos que aquela terra
é regada com sangue. Ainda hoje se matam crianças com bombas para que elas não venham a atirar pedras no futuro.
um abraço
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