No início do século XX, numa comunidade religiosa americana, um professor de Ciências é preso por ensinar aos seus alunos a teoria da Evolução das Espécies proposta pelo naturalista Charles Darwin, contrariando uma das leis locais que não permite o ensino de disciplinas opostas ao Criacionismo. Decorrente desse episódio, trava-se em tribunal, por meio de dois grandes advogados, interpretados por Spencer Tracy e Fredric March, um grande embate ideológico que envolve toda a comunidade local e os seus princípios religiosos.
Baseado num caso real sucedido em 1925, este filme (ver excerto mais abaixo) aguça a nossa opinião com os seus diálogos pertinentes e perspicazes, e apesar de antigo, mostra-se cada vez mais actual, principalmente quando vemos pessoas que com o seu fervor religioso protagonizam episódios medievais e intolerantes, movidas pelo fanatismo fundamentalista, mesmo com todo o avanço do pensamento tecnológico e a liberdade de expressão que vivemos hoje em dia.
Antes de terminar este artigo gostaria só de vos pôr ao corrente da gravidade do alastramento do Cria(burri)cionismo na política de Ensino de alguns países. Em 1968, a União das Liberdades Civis dos EUA venceu uma batalha judicial contra alguns estados que queriam agregar o criacionismo-religioso no currículo escolar. Nos Estados Unidos, observa-se claramente uma coluna de políticos conservadores, decanos de faculdades cristãs e grupos religiosos, em marcha rumo ao enforcamento público de Charles Darwin. Em 1999, no Estado do Kansas/EUA, fora decidido pelo Conselho de Educação que o itinerário da Teoria Evolucionista deveria ser suprimido no circuito escolar, entretanto, em 2001, pressionado pela opinião pública, o Conselho voltou atrás. Cerca de quarenta iniciativas já foram tomadas por Conselhos Escolares dos EUA no sentido de incluir ressalvas nos textos escolares, advertindo de que a teoria Evolucionista não tem comprovação. Na Inglaterra, a política nacional de educação determina que os currículos escolares devem conter o Evolucionismo, mas permite que o criacionismo também seja ensinado. Na Itália, em 2004, o Evolucionismo só não foi extinto do currículo escolar porque houve uma grande mobilização de insatisfação por parte da comunidade cientifica italiana.
Talvez estejamos a prepararmo-nos para entrar numa nova Idade das Trevas. Mas antes disso vejam o vídeo.
O corpo e a mente
Há 11 horas
Um comentário:
É o irracional a querer tomar conta do pensamento humano! Que os seus mentores acreditem nas tretas que querem ensinar é uma coisa, agora andar a "cegar" a mente de outros em nome de Deus, francamente! Chamam-lhe de Criacionismo, eu prefiro "Estupidacionismo"!
Abraço
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